Thread by @joaocfm

Esta é uma #thread de 13 partes, em espécie de desabafo, e algumas ideias soltas do q poderia ser alterado. Amanhã ou depois, talvez venha a ñ concordar c algumas delas. Mas sem pensar em alternativas, o cenário é caótico.
Em JUN.2020 dizia-se q tínhamos entrado num novo normal.

O desconfinamento avançava e as novas regras iam fazer parte da nossa vida.
Mas passados 8 meses não há novo normal.
Há uma cadeia de sucessivos confinamentos e desconfinamentos q causa graves danos pessoais, sociais, de saúde, psicológicos, económicos, financeiros, etc.

A preparação de um novo normal como alternativa aos confinamentos não foi pensada e/ou executada. Imperou smp o optimismo da descida dos nºs ao invés do pragmatismo de prever a continuação da presença do vírus e das cadeias de transmissão

Saúde: além do medo q pax têm de ir a hospitais e centros de saúde (qnd abertos), são os próprios estados a restringir actividade médica, deixando milhões de pax sem assistência médica, a agravar doenças existentes e a ñ identificar novas doenças

Comércio: uma das actividades c mais peso na sociedade, q emprega milhões de pax e q faz economia “andar para a frente” está condicionada. Em vez de apertar regras, fiscalizar e punir transgressores, opta-se por estrangular a atividade e o sustento de milhões de pax e empresas.

Restauração: idêntico ao comércio. Se 0,05 pax/m2 é mto, reduza-se p 0,02. Se 50% da lotação oficial é mto, reduza-se p 25%. Quem violar, fica sem licença de utilização por período não < a 6 meses. Mas ñ se impeça de trabalhar.

Escolas: Há mtas dúvidas e opiniões se são ou não locais de surtos. Mas necessidade de ensino presencial (algumas áreas/disciplinas nem fazem sentido de outro modo) e necessidade de socialização é indubitável. Dividir turmas, partir horários, dotar escolas de meios. Não confinar.

Serviços: Há serviços q já tinham regras sanitárias mais apertadas do q as emanadas da #COVID. Mesmo assim, ñ podem trabalhar. Se necessário, atender e/ou ter no estabeleci/o apenas 1 pax de cada vez. Mais uma vez, transgressões = perda de licença de utilização.

Transportes: Cabe aos estados criar condições p q não haja latas de conserva a transportar pax. Mais horários, mais carruagens, mais rotas, mais autocarros. Eliminar barreiras económicas de mobilidade (p. ex. portagens). E fiscalize-se.

Estados: Ñ podem continuar agarrados a conceitos (mts deles já existentes no pré-Covid) desfasados da sociedade e realidade Séc.XXI. Exige-se capacidade de mutação e acção; ñ apenas reacções pavlovianas em cadeia. Discurso realista é smp melhor q discurso optimista e/ou fatalista

Deslocações: Dever e consciência de recolhim/o devem existir. Mas ñ proibir deslocações. Dizer a família q está em teletrabalho c filhos em casa q ñ podem passar um fds fora de casa (mesmo em recolhimento) é como pedir q durmam e vivam na empresa e na escola. Violento e descabido

Estas e tantas outras áreas, obviamente, ñ estavam preparadas p 1 pandemia global e duradoura. Mas ñ encará-la c/o algo q pode ficar p smp (mesmo q sazonal/e), e ñ adaptar e preparar a sociedade p a realidade, é agravar td o mundo fora da bolha Covid19. É hipotecar futuro.

Tudo isto só faz sentido se cada um de nós, indivíduos, consciencializarmo-nos q o mundo pode não voltar a ser como era. Se voltar, óptimo! Se não voltar, ñ percamos mais tempo. É como levar um guarda-chuva e não chover. Mal não faz.