Thread by @ofelipeb

A crise do Spotify ilustra bem minha posição pouco simpática relacionada a opinião de "#influencers" detonando a credibilidade de negócios.

As respostas inadequadas ao mercado na voz do CEO Daniel Ek tem oferecido praticamente nenhuma chance de solução sem perdas para a empresa.

A carta de #DanielEk aos funcionários do #Spotify foi a gota d'água para transbordar o balde.

Desde 2017 nado contra a corrente do "culto ao valor do influencer" e seu alcance para a construção de marcas, um mantra das #DNVB.

Sem medo de me repetir: TODOS os players online -incluindo #Spotify-, que suportam OPINIÃO sem curadoria são responsáveis pelos danos causados pelos influencers desqualificados.

A partir do momento em que há comunicação em plataformas abertas, é preciso responsabilidade editorial.

E tem muita gente boa confundindo responsabilidade editorial com censura.

Atitude canhestra (custos, né #Spotify?) e fomento da burrice.

Redes sociais com foco no audiovisual, como #TikTok, #Discord, #Spotify, #YouTube, #Twitch e #Instagram, precisam de mediação editorial, humana ou via AI, com bases muito transparentes do que é factível ou não.

Hoje esses grupos trabalham no modo "vamos apagar o incêndio e abafar os destroços". Gerenciamento de crise.

Joe Rogan propaga absurdos faz tempo. O acordo equivalente a R$509 milhões para ser exclusivo do Spotify foi assinado já sabendo o teor de seu podcast e demais conteúdos

O #Spotify, que teve receita de U$11 bilhões em 2021, domina 31% do market share no streaming de áudio. Em seguida vem #Apple Music, com 15%, e #Tencent Music, com 13%.

Esqueça TIDAL, Deezer e demais: são irrelevantes. Pagam mais aos artistas, mas são operações deficitárias.

O #Spotify tem 406 milhões de usuários, sendo 180 milhões de pagantes ao redor do mundo, consumindo conteúdo interrompido por anúncios, como no rádio de outrora. Nada novo por aqui, fora a baixa remuneração aos artistas e produtores de conteúdo.

#JoeRogan, que abertamente odeia pessoas pretas e faz pouco caso de causas #identitárias, da #ciência, mas que tem uma audiência gigantesca (sim, esse é o nosso mundo), elevou o modo "Tia do Zap" à escala global.

E segue o #Spotify sem NENHUMA responsabilidade editorial, pois a plataforma sueca acredita ser mero suporte, sem compromisso algum com o sque dizem os podcasters.

Porém, mesmo sendo gigantes e donos da maior parte do market share em #socialaudio, a turma do #Spotify aprendeu em 2022 que o backlash custa BEM mais caro do que melhorar seus critérios em relação à veiculação de conteúdo.

#Editores profissionais são necessários no #Spotify em em qualquer plataforma online, seja para orientar a criação de conteúdo ao vivo e para mediar material passível de edição antes da veiculação.

E as sucessivas crises institucionais e corporativas deflagradas pelos conteúdos equivocados de influencers e criadores SEM PREPARO, nas grandes plataformas online, de 2014 até hoje, deixam cada vez mais clara a necessidade de mudar essa mentalidade o quanto antes.

E aí, #Spotify, vai liderar o "bonde da qualidade editorial", mantendo a liberdade de expressão?

Ou vai correr o risco de contaminar o negócio e ver a evasão de assinantes e, de ANUNCIANTES, inviabilizar sua existência?

Dá o play aí!