1) Preciso falar de Jerusalém de novo, por 2 razões.
A primeira é que darei um curso na Casa do Saber sobre as relações Brasil-Israel, na próxima segunda, 3/12. É um dos meus temas mais caros de pesquisa e adoro compartilhar coisas novas sobre isso.
goo.gl/2NByiV
A primeira é que darei um curso na Casa do Saber sobre as relações Brasil-Israel, na próxima segunda, 3/12. É um dos meus temas mais caros de pesquisa e adoro compartilhar coisas novas sobre isso.
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2) A segunda razão é que @BolsonaroSP, chanceler extraoficial do governo, confirmou, vestindo um boné do Trump, que a transferência da embaixada está confirmada.
Esse foi um dos pontos da conversa com Jared Kushner, genro e assessor do presidente americano.
Esse foi um dos pontos da conversa com Jared Kushner, genro e assessor do presidente americano.
3) Tudo indica que o tema segue relevante para a política externa dos EUA por 3 razões fundamentais:
1. A continua atuação do lobby pró-Israel;
2. A necessidade de garantir Israel como parceiro estratégico no O. Médio;
3. A importância do Brasil como role-model para a Am. Sul.
1. A continua atuação do lobby pró-Israel;
2. A necessidade de garantir Israel como parceiro estratégico no O. Médio;
3. A importância do Brasil como role-model para a Am. Sul.
4) A questão do lobby pró-Israel é complexa e envolve grandes financiadores republicanos, como Sheldon Adelson, além de importantes pastores evangélicos.
Pode ser esses grupos estejam atuando transnacionalmente, criando redes com igrejas cristãs na Am. Latina e esp. no Brasil.
Pode ser esses grupos estejam atuando transnacionalmente, criando redes com igrejas cristãs na Am. Latina e esp. no Brasil.
5) Manter o "triângulo geopolítico" dos EUA no O. Médio (Isr/Egi/A.Saud) envolve manter Netanyahu no poder.
A legitimidade do premiê está ligada a elementos nacionalistas e religiosos, dos quais Jlem é peça-chave.
A sobrevivência de Bibi também depende de uma retórica anti-Irã.
A legitimidade do premiê está ligada a elementos nacionalistas e religiosos, dos quais Jlem é peça-chave.
A sobrevivência de Bibi também depende de uma retórica anti-Irã.
6) Se o Brasil transferir a embaixada, outros países da região podem se sentir à vontade p/fazer o mesmo (Colômbia, Paraguai, México). Há precedentes históricos, como qdo reconhecemos a Palestina, em 2010, e vários vizinhos foram atrás.
Romper o isolamento é crucial p/Netanyahu.
Romper o isolamento é crucial p/Netanyahu.
7) A transferência da embaixada brasileira traz de brinde o apoio do Brasil a sanções contra o Irã - que, segundo E. Bolsonaro, pode ser moeda de troca com os árabes.
De fato, Egito e A. Saudita, aliados dos EUA e grandes mercados de carne/frango halal do BR, detestam o Irã.
De fato, Egito e A. Saudita, aliados dos EUA e grandes mercados de carne/frango halal do BR, detestam o Irã.
8) Mas ainda restam perguntas:
1. Qto custarão as oportunidades comerciais perdidas com o Irã?
2. Qto custarão potenciais perdas com os árabes?
3. Qual o impacto sobre a reputação diplomática do Brasil?
4. Quais os custos políticos de p. ex.entrar na rota do terrorismo intl?
1. Qto custarão as oportunidades comerciais perdidas com o Irã?
2. Qto custarão potenciais perdas com os árabes?
3. Qual o impacto sobre a reputação diplomática do Brasil?
4. Quais os custos políticos de p. ex.entrar na rota do terrorismo intl?
9) P/o Brasil, a decisão agrada aos antiglobalistas (aprox. c/Trump e Bibi) e aos evangélicos, por questões proféticas (ver foto).
O peso continua recaindo sobre os ruralistas. Os militares serão fiel da balança.
O Itamaraty pouco poderá fazer.
Pros EUA, é um ótimo negócio.
O peso continua recaindo sobre os ruralistas. Os militares serão fiel da balança.
O Itamaraty pouco poderá fazer.
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@GDimenstein @camposmello @VinodSreeharsha @bollemdb @jnascim @davidmagalhaes @jpcharleaux pode interessar
