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1 - Serão muitos dias de debate sobre os pontos da previdência, há os consensuais/necessários, os a se ponderar na minúcia e os que devemos nos opor. Já postei que a mudança no BPC não parece razoável e nem deveria ser prioridade. É injusta e politicamente complicada.
2 - Outro ponto que deve ser problematizado é o aumento da contribuição mínima para 20 anos, tanto no rural como no urbano. Quem se aposenta hoje por idade contribui, em média, 21 anos se homem e 18 se mulher. Se é média, claro que um número significativo ñ chega aos 20 anos.
3 - Mesmo sendo conjuntural, nossa taxa de subutilização da força de trabalho está elevada e o desemprego é praticamente estrutural entre os jovens. Soma-se a isso o recorde de informalidade. Esse cenário indica que os mais pobres já tem dificuldade para garantir os 15 anos d hj.
4 - O aumento do tempo de contribuição é especialmente cruel com as mulheres. Elas tem o ônus da maternidade e a dupla jornada, mesmo quando formalizadas ganham menos e trabalham mais horas que os homens. As mulheres com filhos e solteiras estão na pobreza em proporção maior.
5 - Como se vê na imagem, 64,4% das mulheres sem cônjuge e negras estão abaixo da linha da pobreza. Essa parcela da sociedade é a que não vai conseguir comprovar os 20 anos de contribuição. No caso das mulheres o tempo de contribuição é mais relevante do que a idade mínima. 
6/6 - As mulheres tem uma taxa de sobrevida maior, mas estão sujeitas a um conjunto de dificuldades p/ se inserir e permanecer no mercado de trabalho. São maioria no trabalho doméstico sem carteira e o fato de criar os filhos sozinhas (pouco acesso a creche) complica muito.
Sobre meu ponto acerca do tempo de contribuição: analisesetc.blogspot.com/2017/04/reform…
