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O ensino bilíngue é um recurso importante para que a criança surda avance na aprendizagem e na socialização. Estamos trabalhando para que essa seja uma realidade em todo o País.
Não custa, pois, acentuar alguns aspectos que poderiam ter merecido melhores definições, como é o caso da educação especial, tratada de modo superficial.
É muito grande, no Brasil, o número de deficientes visuais, auditivos, motores e psicológicos, todos merecendo na escola os cuidados que são dispensados, com tanto carinho, nas nações mais desenvolvidas.
Quando na LDBEN/9394/96 - se fala em superdotados há apenas uma referência no artigo 58.
Por outro lado, no caso da educação infantil ( de 0 a 6 anos de idade) não basta a simples referência que se faz no instrumento legal.
Não temos tradição no trato dessa faixa etária, de resto entregue à iniciativa privada, portanto inacessível, dado os seus custos, às camadas mais pobres da população
Sabe-se que o Brasil tem cerca de 4 milhões deles, o que configura uma imensa potencialidade entregue à própria sorte. Se Israel pôde criar um Instituto para Superdotados, em que se faz uma apropriada educação complementar, por que não se pode pensar o mesmo entre nós?
No caso da educação especial, a semiótica tem a oferecer o entendimento de que não há uma única temporalidade correta para o aprendizado, assim como não há conteúdo determinado ou caminho privilegiado.
A criança especial é uma mente que interage com objetos (outras mentes, brinquedos, suas próprias fantasias...).
Participar de suas formulações sígnicas é desafio do educador, entendendo que cada criança está em semiose.
Talvez seja adequado postular que muitas vezes não conseguimos perceber o aprendizado, e não que ele não ocorra. Onde há vida, há signo, pois é fundamental para a vida comunicar, sem comunicação entre as células, entre os indivíduos, entre seres e meio, a vida não é possível.
O entendimento de que aprendizado só ocorre em um tempo considerado normal, de uma forma convencional, é um obstáculo à compreensão de como o aprendizado ocorre.
Cada língua propõe um modelo de mundo diferente. Por isso não é possível tentar instituir uma língua universal.
É preciso, portanto, tentar passar de uma língua para outra. Eu sou a favor do plurilinguismo, empregando o neologismo de “polilinguismo”.
A diversidade das línguas é uma riqueza. Esse é um fato indiscutível, ligado, provavelmente à natureza humana. Durante séculos, não desfrutamos desse tesouro, porque sempre houve uma língua que predominava sobre as demais: o grego, o latim, o francês, o inglês.
Creio que, dentro de uma geração, teremos uma classe dirigente bilíngue.
Desconhecer as línguas sempre produz a intolerância. Conhecê-las, porém, não é garantia de tolerância.
O conhecimento torna-se, então, um elemento de irritação ou de rejeição, do mesmo modo que um marido e sua mulher podem acabar brigando cada vez mais a medida que vão convivendo. A língua tem razões que a própria razão desconhece.
Minha filha, que é bilíngue, pediu à sua mãe uma noite dessas: “Mamãe, conte-me uma Geschichte.” Para ela, Geschichte é o conto, a história de Chapeuzinho Vermelho. Para nós, é História em 12 volumes.
Em geral, quatro componentes da apresentação da palavra: a ‘imagem sonora’, a ‘imagem visual da letra’, a ‘imagem motora da fala’ e a ‘imagem motora da escrita”.
Aprendemos a falar a língua de outras pessoas esforçando-nos por tornar a 'imagem sonora' produzida por nós tão igual quanto possível à que deu lugar à nossa inervação da fala. Aprendemos dessa forma a “repetir” - dizer à imitação de outra pessoa.
Aprendemos a escrever reproduzindo as imagens visuais das letras por meio de imagens da mão, até que essas mesmas imagens visuais ou outras semelhantes apareçam.
Em geral, as imagens da escrita são apenas semelhantes às imagens da leitura e associadas a elas, visto que o que aprendemos a ler é impresso e o que aprendemos a escrever é manuscrito.
Quanto à leitura, a ‘imagem visual da palavra’ indubitavelmente faz sentir sua influência em leitores dotados de prática, de modo que as palavras individuais (particularmente os nomes próprios) podem ser lidas sem que sejam soletradas.
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