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1-) Bom dia, Amados! Ontem, no final do dia, fui ao Conselho Regional de Medicina e participei da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia, presidida pelo Dr. Mário Antônio Martinez Filho. O objeto da reunião foi o PL que trata da cesárea.
2) Havia vários especialistas presentes, todos com muita experiência, tanto em fazer partos (normais e cesarianos), como na teoria da Obstetrícia. Contamos com a presença de Professores, dentre os quais o Professor Antonio Fernandes Moron, que lecionou para alguns dos demais.
3) Só posso agradecer a receptividade e os ensinamentos. Foram unânimes em reconhecer a importância da discussão que o PL enseja; porém, ao mesmo tempo, foram firmes ao apontar a dificuldade de implementá-lo, dada a falta de recursos.
4) Segundo explicaram, seria mais factível garantir à gestante, durante o pré-natal, após orientação, de maneira livre e informada, optar pela cesariana. Pelo PL, essa escolha pode ser feita, inclusive, quando a mulher chega à maternidade já em trabalho de parto.
5) Eu destaquei que, a bem da verdade, pela Resolução do CFM, o direito de optar pela cesariana, durante o pré- natal, já existe. Não obstante, na rede pública, não vem sendo observado.
6) Ontem, também conversei com o Deputado Camarinha, para acelerarmos o andamento do PL. Mas é muito importante deixar bem claro que a mudança que espero conseguir não depende exclusivamente de lei. A mudança tem a ver com mentalidade.
7) Independentemente de nova lei, seria desejável que o Ministro da Saúde e os Secretários da Saúde instituíssem, por meio de normas administrativas, a possibilidade de também as mulheres que dependem do SUS, depois de esclarecidas, escolherem fazer a cesariana.
8) Pelo que vêm me dizendo os médicos, a maior parte das mulheres prefere o parto normal. Se é assim, instituir essa escolha e possibilitar o agendamento das cesarianas até facilitará o atendimento nas maternidades públicas, que terão menor demanda de emergência.
9) Achei bem interessante, pois os médicos que nos receberam gostaram muito da parte que garante a analgesia, só sugeriram acrescentar farmacológica e não farmacológica. Disseram que muitas mulheres só pedem a cesariana, quando não suportam mais a dor.
10) Quanto mais eu me aprofundo nessa temática, mais me convenço de que é impossível manter a sistemática vigente. Eu deixei muito claro (e reitero) que meu objetivo não é buscar culpados. Em quero encontrar soluções, evitar novas mortes de mães e bebês.
11) Quero evitar que bebês fiquem, desnecessariamente, sequelados. Parto bom é aquele que termina com mãe e bebê vivos e saudáveis. Nessa seara, não devemos permitir ideologias. Bem, tenho outras ações encadeadas, aos poucos, vou atualizando vocês. Beijos, lindos!
