,
5 tweets,
1 min read
Read on Twitter
1. Você já errou ao achar que uma ação ia subir pq o EBITDA do trimestre veio acima do esperado? Ou já achou erroneamente que ia cair pq veio abaixo do esperado? Na última quinta-feira, vimos dois resultados (Suzano e Vale), um para cada dessas situações.
2. A Suzano reportou um EBITDA 15% acima do consenso, mas a ação caiu -8,7% na sexta. A Vale teve seu 1o EBITDA negativo, mas a ação subiu +2%. Cada uma teve sua boa explicação: A Suzano teve uma queima de caixa que levantou dúvidas sobre sua trajetória de desalavancagem.
3. Semanas após a compra da Fibria, desalavancagem é crucial para a tese de investimentos. Frente isso, o EBITDA em si pouco importa. O EBITDA da Vale precisou ser ajustado pelas provisões com o rompimento da barragem do feijão.
4. Excluindo a provisão, vemos um EBITDA em linha com o consenso e uma geração de caixa recorrente muito forte (FCF yield de 15%) e um nível de endividamento pós provisões baixíssimo (1x div liquida/EBITDA). O valuation, com toda turbulência das últimas semanas, ficou barato.
5. Em ambos os casos, a manchete sobre o EBITDA provavelmente induziu o erro. Evitamos essas surpresas buscando sempre entender qual é o tema realmente importante para todas as teses de investimento. Quanto mais conhecimento do caso, mais fácil é avaliar seu andamento.
