É um acordo maior que o antigo Nafta (EUA/Canadá/México) e tão abrangente quanto a Parceria Transpacífica.
Agora é preciso ter algumas respostas (veja fio):
Hoje um produto precisa ter 60% de insumos e componentes locais para ser considerado do Mercosul
Os europeus trabalham com percentual menor. Se a regra for flexível, abriremos mercado a produtos de terceiros, travestidos de "europeus"
Como ficará a situação de produtores brasileiros (geralmente famílias de imigrantes) que fazem, digamos, parmesão? Podem?
Qual será o impacto sobre patentes de remédios?
E sobre o uso de licitações como estímulo a um setor específico da economia?
Se houver dano à indústria local, há forma de contê-lo?
Se o país estava decidido a abrir sua economia, melhor abrir ganhando algo em troca.
A indústria pode integrar-se melhor às cadeias globais de produção.
É um sopro de ânimo ao combalido Mercosul.
Acordos com Canadá e Coreia (com que há negociações em curso) devem tomar como base as concessões feitas nesse tratado. Fica mais fácil fechá-los.
Então, caberá aos parlamentares (ouvindo suas bases) observar se os nossos interesses são plenamente atendidos.
Meu palpite: sim, são mais atendidos do que desatendidos.
Será que metemos o pés pelas mãos e concedemos aos europeus mais do que deveríamos (e sem ter obtido muita coisa em troca)?
Que venham respostas.