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A vitória de Boris Johnson, eleito líder do Partido Conservador e primeiro-ministro britânico, deve ser a retomada do conservadorismo do grande Disraeli, o one-nation toryism, que foi atualizado por Margaret Thatcher.
Trata-se da defesa de princípios tradicionais da sociedade inglesa, do modelo político e das suas instituições, incluindo a Monarquia, combinada com o sentido de dever para ajudar quem precisa.
Educado em Eton e Oxford, Boris Johnson escreveu uma biografia sobre o gigante Winston Churchill na qual ele se projeta na vida política do estadista. Para entender o PM inglês, Fator Churchill é ótima introdução.
Em termos de oportunidade política, o Brexit, para Johnson, pode ser o que a II Guerra foi para W. Churchill. Se Johnson conseguir negociar com habilidade a saída e o país prosperar, gravará seu nome na história. Se falhar, será como se Churchill tivesse perdido a guerra.
Não vejo a hora, aliás, de assistir o próximo Question Time, quando o PM vai ao Parlamento prestar contas, para ver o embate entre Johnson e Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista. Promete ser épico.
Em que a vitória de Johnson importa para o Brasil? Dos nomes que estavam em disputa, pelo seu perfil e trajetória política, creio que ele era o único capaz de entender um presidente e um governo como o de Jair Bolsonaro. É uma tremenda janela de oportunidade para nós.
