Thread by @b_delaurentis

Desde que começamos a jogar Libertadores com frequência após vencer a Copa do Brasil de 2006 sobre o BBBasco, acumulamos vexames que variam entre eliminação na primeira fase ou nas oitavas de final para times medíocres.

Jogamos em 2007/08/10/12/14/17/18/19.

8x em 13 edições.

A direção passada vendia a balela de que era preciso disputar com frequência para ser campeão. Disputamos 61,5% das edições desde então, número mais que suficiente, ainda que possa ser melhor, mas MUITO maior que nossa média histórica.

Chamaram 81 de "voo de galinha".

Ontem, foi o famoso "voo de urubu" na competição. Famoso porque mais uma vez no jogo fora de casa, veio a porrada, como na primeira da série contra o Defensor em 2007.

Uma série de vexames que se alternam entre eliminações na fase de grupos ou nas oitavas de final do torneio.

Em 2008, favoritos, time do hexa em formação, fizemos grande campanha geral, vencemos o América-México fora na primeira partida e a porrada histórica na volta.

2010, nossa melhor participação com o Império do Amor. Dedo da diretoria no planejumento da partida em casa nas quartas

2012, 2014, 2017: Lanús, Leon e San Lorenzo foram nossos algozes, com jogos como aquele contra o Olímpia em que deixamos empatar após um 3x0...

Aí vem 2018, pegamos o Cruzeiro, mais uma vez um resultado medíocre em casa e até um bom jogo fora, mas mais uma vez fora nas oitavas.

Este ano um grupo que muitos consideram fácil, eu nem tanto por haver dois jogos na altitude (um muito alto) e três campeões da competição no grupo. Com o tempo e vendo as partidas, realmente difícil não era.

Abel se complicou em casa contra o Penarol e passamos no saldo de gols

No sorteio, o Emelec, cujo retrospecto contra nós é favorável. Um time em crise em sua liga, com lesões, mudança de comando...

E aí veio o jogo de ontem. Jorge Jesus com desfalques tentou usar Rafinha na frente e não deu certo. Está em seu quinto jogo pelo clube.

Esse tipo de teste você faz contra o Madureira em fevereiro. Mas ele não teve essa chance. Abel Braga, que teve todas as chances do mundo de montar um time forte que jogasse bom futebol, chegou à parada classificado no gargalo e 8 pontos atrás do líder no Brasileirão.

Dito isto, chegaram reforços para o setor defensivo: o já falado Rafinha, além de Filipe Luís, Pablo Marí e Gerson.

Só que acumulamos desfalques: Arrascaeta, Vitinho, Everton Ribeiro e agora Diego. Inclusive Arrasca perdeu a preparação por causa da Copa América e ER por lesão.

Cuellar chegou também depois da Copa América e sua folga dada pela diretoria, e perdeu os treinos - e a vaga de titular inconteste. A vida do português não está fácil. Com o início dos jogos às quartas e domingo e com longas viagens, ele perdeu o ritmo de treinos táticos.

E o esquema em implantação precisa de treino e repetição. A alternância das peças e falta de tempo está acabando com o início de trabalho do português.

E a culpa não é dele ou dos jogadores: é da diretoria. É de quem julgou que Abel Braga era vencedor, que ganhou mais que o Fla.

Abel, o homem que em 33 anos de carreira, só venceu nos times brasileiros competições extra-estadual em 2 anos: 2006 e 2012. Libertadores o Celso Roth também tem e nem por isso está credenciado a treinar esta equipe. Joel Santana tem um brasileiro e também nunca seria cogitado.

E é simples: são treinadores de voos de galinha. Que não brigam nas cabeças consistentemente. Que jogam de forma retrógrada, defensivamente e apenas reagindo. Sem o DNA rubronegro. Caso de Abel é ainda mais grave, pq não tem nenhuma identificação com o rubronegro da Gávea.

Mas tem com os rivais, ainda que esteja cheio de colegas ex-jogadores rubronegros com quem se reúne para celebrar a vida com fartas taças de vinho.

Abel Braga foi um desperdício de tempo e a prova de que o FLAMENGO sempre peça por falta de identificação, de representatividade.

E as diretorias, inclusive esta, são absolutamente responsáveis por tudo, desde escolhas abjetas como a de Abel à de efetivação contumaz de interinos inexperientes como nos últimos anos.

Jesus foi uma bela escolha agora, mas infelizmente será difícil. Que ele chegue lá.

E para chegar lá, é preciso que o FLAMENGO seja FLAMENGO. Não o dessas libertadores citadas. Mas o Flamengo que apaixona multidões. O Emelec não passou a ser um time forte porque venceu ontem.

Semana que vem, o Maracanã estará cheio, mais uma vez. É hora de ganhar no grito.

No grito da torcida e dos jogadores. Jogue quem jogar. Há ainda sopro de qualidade em quem não está no estaleiro.

É preciso vencer o clássico contra o clube que tem 33 reais na conta e meses de atraso com jogadores em greve para ir com tudo quarta que vem.

Vamos ser campeões.

Não deixem de acreditar, isso aqui é Flamengo. Deixou chegar, fodeu. Rumo às Tóquio, Dubai ou o que for. Não entreguem os pontos.

Os imbecis por quem somos dirigidos não comandam o que é mais importante no Mengão: sua alma. É dela que precisaremos.

Marchemos rumo à vitoria.
SRN

*peca

*à

Corretor sacaneia.