Acredito que essa sensação possa ser explicada por dois conceitos e três estatísticas.
Segue o fio!
Em resumo, o Flamengo começava a jogada por um lado, atraía a marcação (principalmente Arroyo) para lá e virava o jogo para o outro lado.
Ao concentrar muitos jogadores pelo mesmo lado, o Flamengo sobrecarregava a defesa por ali, forçando o Emelec a mudar sua estrutura para lidar com a avalanche.
Foram cinco viradas nos primeiros 30 minutos (número altíssimo) e assim o Flamengo foi avassalador.
Às vezes o passe mais importante para quebrar uma defesa não é o último, mas o primeiro. Quando a bola sai bem trabalhada lá de trás, vai desorganizando a defesa do adversário e chega bem trabalhada lá frente.
Se o lateral tivesse estourado essa bola, ela voltaria para o Emelec, mas ao clarear a jogada e sair com um passe limpo, o Flamengo poderia ter criado uma grande chance.
Só há real diferença em três números.
O Fla teve 9 no 1o tempo e 26 no 2o. O Emelec foi de 11 para 19. O jogo ficou mais feio, mais físico, mais disputado
Aí o cansaço pesou. Os equatorianos começaram a ganhar as disputas físicas e equilibraram o jogo.
O Fla teve 10 no 1o tempo e 4 no 2o. O Emelec foi de 1 para 7. Apenas uma de dentro da área. Queiróz chutou 4, todas de muito longe, e só uma levou perigo.
Ou seja, o Emelec não criou grandes chances, mas começou a chutar e mudou a sensação do jogo.
O Flamengo teve 8 no 1o tempo e VINTE no 2o. O Emelec foi de 14 para 18.
Foram 9 perdas para cada lados nos últimos 15 minutos. A bola começou a queimar. O jogo ficou imprevisível, totalmente aleatório. Isso nos colocou em alerta.
Rumo às quartas!