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O pobre diabo que relincha contra Paulo Freire nas redes, encarcerado em seu imenso déficit cognitivo, devia ao menos evitar que seus filhos e netos constatem no futuro que o antepassado foi uma besta.
Não é possível para qualquer um minimamente bem intencionado falar em educação no Brasil sem citar o maior buraco nesse nosso drama: foi na ditadura militar que o projeto de não dar acesso na educação aos mais pobres triunfou de vez.
No apagar das luzes, o general Castello Branco promulgou constituição
que desobrigava o governo a investir coeficientes mínimos em educação e saúde. É só buscar os documentos e jornais da época e se informar. Ou livros de história.
que desobrigava o governo a investir coeficientes mínimos em educação e saúde. É só buscar os documentos e jornais da época e se informar. Ou livros de história.
O imenso abismo se abriu a partir daí. Por opção política dos militares: em uma década, o investimento em educação no país caiu de 10,6% (1965) para 4,3% em 1975. Sabe pra onde foi essa grana da educação? Pra empreiteiras.
Muitos dos que atacam Paulo Freire tem conhecimento disso. Assim fogem do debate de ter que apontar os pais da tragédia em nossa educação: o regime militar. E boa parte aplaude porque é gado.
