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➡EXCLUSIVO: Lava Jato viu em resultado das eleições no Senado chance de tirar Gilmar Mendes do Supremo.

Entenda na thread as mensagens enviadas por uma fonte anônima ao @TheInterceptBr e analisadas em parceria com o @UOL 👇

@TheInterceptBr @UOL Chefe da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol não escondia a animosidade nutrida em relação a Gilmar Mendes, que não perdia oportunidades de criticá-lo em público.

📷 Jorge Araujo/Folhapress

@TheInterceptBr @UOL Em 10 de junho do ano de 2018, uma entrevista de Gilmar o deixou indignado.

Na reportagem, o ministro afirmava que no projeto das "10 medidas contra a corrupção", apadrinhado por Dallagnol, havia iniciativas "completamente nazifascistas": "É coisa de tarado institucional".

@TheInterceptBr @UOL No mesmo dia, no chat Filhos do Januário 2, Deltan rebateu aos colegas às 12h59:

🗣 "Vou responder dizendo que Gilmar é um brocha institucional"

📷 Jorge Araujo/Folhapress

@TheInterceptBr @UOL ➡ Empolgados com as eleições no Senado

Procuradores mostraram animação com o resultado da eleição de 2018 - classificado por eles como uma vitória.

Já durante a apuração, eles começaram a traçar cenários para um possível impeachment de Gilmar no chat Filhos do Januário 3.

@TheInterceptBr @UOL 📲 O tema voltou a ser discutido após um comentário do procurador Paulo Roberto Galvão.

🗣 "Olha aí. Agora sim, pela primeira vez é possível sim de se pensar em costurar um impeachment de Gilmar. Mas algo pensado e conversado e não na louca sem saber onde vai dar".

@TheInterceptBr @UOL 🗣 Diogo Castor: "Precisamos de 54 senadores. Se tem 11 comprometidos com as medidas contra a corrupção faltam 43 de 70".

📷 Roberto Galvão (à esq.) e Diogo Castor (à dir.) - (Rodrigo Félix Leal/Futura Press)

@TheInterceptBr @UOL A contabilidade diz respeito ao mínimo de votos necessários para a aprovação no Senado de um possível impeachment de ministro do Supremo.

A destituição de ministros, conhecida como Lei do Impeachment, também versa sobre o presidente da República e outras autoridades.

@TheInterceptBr @UOL Pela manhã, o procurador Orlando Martello Junior avaliou que o impeachment era impossível, mas sugeriu negociar com senadores um pedido de convocação como alternativa para desgastar a imagem de Gilmar Mendes.

🗣 Orlando Martello Jr: "Impeachment é impossível. Talvez costurar um pedido de convocação, em q ele [Gilmar] fique exposto, com cobranças, puxão de orelha. Os novos senadores, q não tem o rabo preso, podem ver isso como uma alavancagem"

📷Pedro Ladeira/Folhapress

➡ Randolfe defendeu impeachment de Gilmar

A nova legislatura no Senado tem sido marcada por tentativas de desgastar ministros do STF considerados opositores da Lava Jato - além de Gilmar, entram nesse rol o presidente da Corte, Dias Toffoli, e Ricardo Lewandowski

Em fevereiro, foi protocolado um pedido de CPI para investigar abusos cometidos na Corte apelidada de CPI da Lava Toga.

Proposta pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania), contou com o apoio de outros 26 parlamentares - entre eles, Randolfe Rodrigues (Rede).

📷Agencia Senado

Também foi Randolfe, tido como aliado pela força-tarefa, quem tentou dar prosseguimento a um pedido de impeachment de Gilmar em março.

➡ Outro lado

Procurada pelo UOL, a Lava Jato afirmou que jamais realizou representação pelo impeachment de Gilmar e reiterou não reconhecer as mensagens privadas mantidas por procuradores no aplicativo Telegram.

Leia a reportagem completa de @GSaboia10, @igormello, @silviaribeiro e @pbbianchi em parceria com o
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