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1. No vídeo de Julho falei rapidamente sobre o case de Kroton. Acredito que o curto prazo para a empresa ainda é complicado, com economia fraca e desemprego alto. Porém, vejo mtas oportunidades no setor de educação e acho ela a empresa mais bem preparada.
2. O Estado ainda é o grande "líder de mercado" no setor e acredito que essa é a grande oportunidade. Apenas no estado de SP as 3 universidades estaduais recebem ~12bi/ano e tem 175k de alunos. A Kroton tem receita líquida de 4,2bi para 360k de alunos presenciais.
3. Todo o orcamento das univ publicas é alocado para o pagamento de salários. Para efeito de comparação, Harvard teve orçamento de 5bi de USD (~20bi de BRL), sendo que metade foi para salários. Ou seja, Harvard gasta menos com salários do que as universidades estaduais de SP. 
4. Dos salários pagos na USP, 30% são pagos a inativos. Além disso, há um grande numero de professores com +30 anos prestes a se aposentarem com salário integral. Se eles se aposentarem, seria 50% do orcamento só com inativos. O setor de educação básica não é mto diferente.
5. Os estados e municípios estão quebrados devido as regras de aposentadorias generosas para professores. É uma classe organizada e mto dificil de se mexer, como visto na reforma da previdencia. Colocar metas, bonus, demissao por falta de produtividade são palavroes ainda.
6. Mesmo se conseguirem mudar as regras, os "direitos adquiridos" irao pesar mto ainda no futuro. O Brasil gasta com educação 6% do PIB, mais do que a Alemanha e os países emergentes. Por esses motivos, acredito que haverá cada vez mais espaço para educaçao privada.
