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Apesar de muito se falar sobre a #vazajato (VJ) na Internet, esse conteúdo não chega a boa parte da população e é ótimo que esteja na TV aberta (@rodaviva: ). Porém o tempo de @ggreenwald e dos espectadores poderia ter sido melhor aproveitado, segue o fio:
Diversas perguntas (intencionalmente ou não) preparam o terreno para que o espectador acredite num cenário falacioso (isso vai ser mais efetivo em quem não acompanhou a VJ de perto desde o começo), criando pré-indisposição com o trabalho de @ggreenwald (independente da resposta).
Da mesma forma q existem péssimos títulos de notícias tb existem péssimas perguntas, q influenciam tendenciando o entendimento. E qto + visibilidade o trabalho tem, maior o impacto dessas mentiras. Em época de #fakenews #posttruth #deepfakes, jornalistas deveriam evitar isso.
E se o objetivo era levar a VJ para a população que consome TV, faltaram perguntas sobre o que foi publicado - em vez disso, focaram no método/legalidade/etc. (nesse caso, trocar a roda por uma aula de jornalismo seria mais efetivo).
Tb parece que algumas perguntas foram combinadas, como se entrevistadores e entrevistado estivessem explicando algo p/ o público q teve o 1o contato com a VJ no @rodaviva. Isso diminui a credibilidade. Percebi principalmente nas 1as perguntas de @gabrielmasca e @anacampos_cb.
P/ resolver essa questão (de não parecer que as perguntas foram combinadas) creio que uma introdução mais robusta sobre a VJ (incluindo as críticas a ela) seria melhor: passaria mais credibilidade e contextualizaria o público (aumentando as chances das perguntas serem melhores).
No restante do fio citarei falácias que identifiquei (a maior parte delas são yourlogicalfallacyis.com/loaded-question e yourlogicalfallacyis.com/appeal-to-emot…). Sugestões de como contornar esses problemas são bem-vindas (por exemplo: dinâmicas para entrevistas que evitem falácias). ;)
09:04 () @lilian_tahan cita a qtd de condenações e $ recuperado pela LJ; em seguida pergunta o legado da VJ como se as 2 coisas fossem comparáveis e se a VJ precisasse recuperar $ público.
13:24 () @andregui001 insinua que a intenção do @TheInterceptBr com a VJ é de libertar Lula e que o fato de procuradores celebrarem a morte de familiares do investigado não é de interesse público (como se não mostrasse o viés).
39:34 () @andregui001 cria um declive escorregadio ao comparar vazamentos ilegais com publicações jornalísticas, levando o público a crer que o trabalho é antiético e ilegal. Será que desconhece tecfront.blogosfera.uol.com.br/2019/06/12/e-i… e conjur.com.br/2015-out-16/jo… ?
44:54 () @anacampos_cb compara as corrupções (combatida pela LJ e combatida pela VJ), como se tivéssemos que escolher entre uma e outra, apelando para a emoção do público qnd ameaça que faltará $ na saúde/educação/infraestrutura se a LJ for atacada.
46:12 () @gabrielmasca continua o apelo à emoção perguntando se Glenn concorda com a absolvição dos condenados na LJ. Isso não tem a ver com o trabalho jornalístico e reforça (intencionalmente ou não) a ideia errada de q a VJ é contra o combate à corrupção.
54:31 () @DanielaLima_ pergunta qual o saldo da VJ (quantidade de condenados que seriam libertados caso as decisões da LJ sejam anuladas por conta da VJ).
01:14:03 () @anacampos_cb fecha (com a 4a pergunta) o apelo à emoção, perguntando se @ggreenwald teme que a VJ possa atrapalhar condenações futuras (fazendo com que essas pessoas escapem da LJ).
Nesse @rodaviva contei um total de 4 perguntas apelando à emoção, insinuando que a VJ seria contrária ao combate à corrupção (essa ideia leva a crer que entre a LJ e a VJ é melhor escolher a LJ, fazendo os fins justificarem os meios).
No começo, a estratégia dos contrários à VJ foi de reforçar a ilegalidade dos vazamentos, sugerido que o @TheInterceptBr tenha cometido esses atos; a nova é a de mostrar que mesmo com ilegalidades é melhor ter a LJ (senão corruptos serão soltos).
Mentiras contadas muitas vezes.
Mentiras contadas muitas vezes.
Por algum motivo (bug no player?) os tempos das 3 primeiras citações estão incorretos. Os corretos são: 08:09, 12:29 e 35:35.
