Como disse o Ray Charles numa entrevista sobre drogas, só posso falar do que vi com meus próprios olhos.😎 Bem, nos anos 1990, na universidade, fumei maconha. Mordido pelo "frenesi da experiência" (coisa de escritor) fui para chá de cogumelo, LSD, mescalina, ecstasy e ayahuasca👇
Isto é, andei no fio da navalha. Sim, antes li De Quincey, Baudelaire, A.Huxley, Alan Watts, Castañeda e demais apologistas do psicodelismo. Por fim, dei de cara com Jesus Cristo, que me perguntou:
— Satisfeito?
— Não, insatisfeitíssimo.
— Então deixe de palhaçada e me siga.
— Satisfeito?
— Não, insatisfeitíssimo.
— Então deixe de palhaçada e me siga.
Logo, do meu ponto de vista, posso dizer que, sim, a @CarolDeToni tem razão. Mas cada um é cada um, e nem todo mundo tem a ousadia irresponsável de colocar sua vida e sua sanidade mental tão em risco assim.E conheço velhos maconheiros imbecis que nunca usaram outra coisa.Tô fora.
OBS.: Apesar das múltiplas experiências, nunca fui um viciado, nunca senti necessidade física ou psicológica de me drogar. E a prova disso é que fui um "semedão", isto é, nunca comprei drogas. Quer dizer, com uma única exceção: comprei a mescalina de um estudante da UnB em 1993.
Quanto a esse tema, o professor José Monir Nasser tem razão: as drogas não são um fator econômico, não devem ser guiadas pelo pensamento liberal. A maioria delas tem a ver é com poder, política, narcotráfico, organizações criminosas. Bancar traficantes é bancar o crime.
Para ficar mais claro ainda: o que eu busquei foi um catalisador para experiências místicas. Oscilei por muito tempo entre o ateísmo e o agnosticismo, e me sentia vazio. Queria descobrir se havia "algo mais". Daí para as drogas psicodélicas foi um pulinho. E o vazio aumentou.
Reencontrei a Verdade do Cristo —digo "reencontrei" porque fui batizado, fiz primeira comunhão, etc— graças a muito sofrimento, muitas perdas, muitas perguntas e muitos puxões de orelha. As drogas só me deram uma idéia do que é a loucura e a certeza de que a matéria nada explica.
"Nossa, como é que você fala dessas coisas em público?"
Cara, sou como o Bruno Tolentino: não fui coroinha e não uso gravata borboleta; tive uma vida à deriva antes de encontrar o Caminho. Deus está à espera de todos, inclusive de malucos que, porventura, mantêm os olhos abertos.
Cara, sou como o Bruno Tolentino: não fui coroinha e não uso gravata borboleta; tive uma vida à deriva antes de encontrar o Caminho. Deus está à espera de todos, inclusive de malucos que, porventura, mantêm os olhos abertos.
Claro, preciso lembrar dos que naufragaram: três conhecidos meus, tendo a maconha como catalisador, tornaram-se esquizofrênicos. Um deles se atirou do 14º andar de um prédio; outro tentou se enforcar, mas foi salvo pela família; e o terceiro continua delirando no Facebook...
Agora, dentre todos os maconheiros que conheci, os piores são aqueles que, apesar de levarem uma vida aparentemente normal, estão loucos de vontade de reconduzir Lula ao poder... 😎
Olha o que um amigo acaba de me mandar: não sabendo o que significa "semedão", palavra mencionada acima, jogou-a no Google. (Porra, Google! Que sacanagem!) 😂
"Semedão" é o sujeito que, indagado se consome drogas, responde: "Se me dão...". Ele nunca compra.
"Semedão" é o sujeito que, indagado se consome drogas, responde: "Se me dão...". Ele nunca compra.
Minha foto aparece aí porque, em 2003, postei em meu blog uma crônica dizendo mais ou menos as mesmas coisas que acabo de dizer. Como ele continua online, com minha foto atual no topo... agora, infelizmente, sou a cara do "semedão".😕
