Como vive um jovem em Paraisópolis?
A favela paulistana onde 9 pessoas morreram pisoteadas após uma ação da PM no último fim de semana não tem NENHUM equipamento público de cultura.
Também não há biblioteca, parques, salas de cinema...
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A favela paulistana onde 9 pessoas morreram pisoteadas após uma ação da PM no último fim de semana não tem NENHUM equipamento público de cultura.
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Em Paraisópolis, onde vivem mais de 100 mil pessoas, busca por lazer é um desafio. Sem opções, jovens contam que chegam a se deslocar mais de 10 km (e horas no transporte público) para chegar a um parque ou cinema, por exemplo.
Já no rico bairro vizinho do Morumbi, que fica literalmente do outro lado do muro que o separa da favela, há museu e, em média, 5,83 equipamentos culturais para cada 100 mil habitantes.
E a desigualdade não fica só aí na cultura. Para marcar uma consulta médica com um clínico geral, por exemplo, o tempo de espera em Paraisópolis é de 75 dias. No Morumbi, é de 1 dia.
Alguns jovens ouvidos pela @bbcbrasil dizem que o baile da Dz7 é uma das raras opções acessíveis de diversão para quem vive na favela, mas também reconhecem que o pancadão atrapalha o sono e a mobilidade de moradores... bbc.com/portuguese/bra…
As poucas ações culturais e opções de lazer que existem dentro de Paraisópolis não são iniciativas do poder público, mas sim promovidas por ONGs e empresas privadas. O problema, segundo relatado pelos jovens, é que há poucas vagas para muita procura.
Os dados oficiais são referentes ao ano de 2018 e foram compilados no Mapa da Desigualdade, da Rede Nossa São Paulo. Leia a reportagem completa bbc.com/portuguese/bra…
