Olá, Amados! Ontem, participei de reunião com o Governador, na Alesp. Dentre vários pontos, insisti (e insisto) que não é justo elevar a alíquota de 11% para 14%, para quem ganha menos de três salários mínimos.
Para vocês terem ideia da injustiça, funcionários públicos federais, que ganham valores equivalentes, pagam 7,5% (até um salário), 9,0% (entre um salário e 2 mil); 12% (entre 2 mil e 3 mil). Na iniciativa privada, pessoas que ganham tão pouco também não pagam nada próximo de 14%
Eu estou propondo que esses funcionários sigam pagando os atuais 11%. Já fiz inúmeras reuniões com os técnicos do governo. Eles alegam que se minha proposta for acolhida, deixarão de arrecadar 4 bilhões em 10 anos. Desde ontem, eu estou fazendo contas e não chego a esses números
Aliás, minhas contas levam a um número bem menor! Estou, desde cedo, lendo e-mails de agentes escolares e pesquisadores, que me enviam seus comprovantes de recebimentos. São pessoas que ganham muito pouco. Sou defensora da Reforma da Previdência, nunca neguei isso!
Mas não tenho condições de aprovar uma reforma que penaliza justamente os mais humildes. No âmbito federal, quem ganha 1 salário mínimo vai pagar 7,5%. Em São Paulo, vai pagar 14%? Não há explicação que justifique isso!
Quero me reunir com os técnicos, com os números que estão utilizando para fazer seus cálculos e quero que me mostrem, passo a passo, por que precisamos tirar tanto de quem ganha tão pouco?
Diferentemente dos esquerdistas, não estou obstruindo o debate, estou propondo uma discussão séria e verdadeira. Aliás, para quem não entendeu, ao tomarem a Mesa da Assembleia, a Deputadas de esquerda ajudaram o Governo, pois anteciparam o encerramento das discussões...
Graças à graça de ontem, a PEC está pronta para ser votada. Internamente, todo mundo sabia que a votação não seria ontem. Esse pessoal joga para a torcida. Eu não faço H. Sou favorável à Reforma, mas não vou aprovar descontar mais de quem ganham menos. Já avisei e reitero!
Vamos refazer essas contas e preservar os vulneráveis! A matemática exige que façamos a Reforma, já disse isso várias vezes, mas a justiça nos impede de fechar os olhos para os mais carentes. Não dá para votar a PEC, antes de ter esse ponto definido.
ganha no lugar de ganham
sem o ponto de interrogação, discurso indireto.
as Deputadas
