Em uma foto temos o Príncipe William, da família real inglesa, viajando em linha Low Cost. Na outra, temos o filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, voando para a Índia junto com a comitiva presidencial em avião da FAB. 
Esse contraste entre uma Monarquia e uma República é a simplificação de um debate levantado pelo filósofo Hans-Hermann Hoppe em seu livro "Democracia — o Deus que Falhou".
Diz Hoppe: "Sob o pressuposto do autointeresse, todo governo usará esse monopólio da expropriação para o seu próprio benefício, a fim de maximizar a sua riqueza e os seus rendimentos."
Atente que ele fala "todo governo", ou seja, não apenas o Republicano.
Atente que ele fala "todo governo", ou seja, não apenas o Republicano.
Governo para o autor é: "toda agência que se engaja em violações contínuas e institucionalizadas dos direitos de propriedade (expro-
priações)". Neste caso, seja monarquia ou república, as duas incorrem no mesmo pecado.
priações)". Neste caso, seja monarquia ou república, as duas incorrem no mesmo pecado.
O que então diferencia um do outro?
"A instituição da propriedade privada governamental molda sistematicamente a estrutura de incentivos, fazendo frente ao governante e influenciando nitidamente a sua condução dos negócios de governo. (...)" +
"A instituição da propriedade privada governamental molda sistematicamente a estrutura de incentivos, fazendo frente ao governante e influenciando nitidamente a sua condução dos negócios de governo. (...)" +
"(...) Partindo do princípio do autointeresse, o governante tenta maximizar a sua riqueza – i.e., o valor presente da sua propriedade e as suas receitas correntes."
Em outras palavras, a Monarquia, ou, como está escrito, a instituição da prop. privada governamental, zela pela riqueza que confisca por entender é sua riqueza, sua propriedade, que está em jogo. Como diz Nassim Taleb, políticos não são confiáveis por não terem sua pele em jogo.
Isso implica no uso moderado do privilégio da exproporiação do monarca.
Ao contrário da República, que é uma resposta populista aos governos pessoais. Em uma República, o deslocamento do privado para o público, causa uma (nova) distorção na relação entre governante x riqueza.
Ao contrário da República, que é uma resposta populista aos governos pessoais. Em uma República, o deslocamento do privado para o público, causa uma (nova) distorção na relação entre governante x riqueza.
Neste caso, o dinheiro está sob posse do Estado burocrático, o qual esses governantes estão por ora como administradores. O uso irrestrito e desmedido é consequência lógica da falta de cálculo econômico, falha inerente à atividade governamental pública.
Como diz Hoppe, ainda que o governante quisesse fazer diferente, não conseguiria numa república, pois, este não dispõe do mecanismo correto de incentivo nem de conhecimento acumulado.
A lógica de usar o dinheiro público a todo custo é o inexorável trajeto traçado pela República, pois, se Dudu Bolsonaro não gastar, o PT pode voltar e gastar na guerra cultural, né non?
Que o Estado acabe!
Que o Estado acabe!
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