Continuamos mergulhados na cultura da auditoria (AKA fiscalismo de planilha)
Dois exemplos hoje na Folha
TCU anunciando abertura da "caixa preta" da receita
E outros dizendo que teto de gasto foi furado (Bidu!), mas sem discutir como controlar efetivamente a despesa
Pouco se fala sobre investimentos concretos em ciência, tecnologia e diversificação produtiva
Tampouco sobre sustentabilidade ambiental e inclusão social
Difícil
A capitalização da Emgepron, em 7,6 bi para construir corvetas no país foi um drible no teto de gasto, pois capitalização não deveria ser usada para investimento (presumo que só para pagar dívida)
E o outro lado?
Nada contra discutir regras e regras fiscais. Mas quando a discussão fica só na planilha, perdemos as perguntas acima, que também são relevantes.
Um dizendo sua projeção de desonerações para o ano seguinte
E outro dizendo quanto efetivamente foi a desoneração no ano passado
É possível ...
Mas é um erro achar que se não houvesse desoneração, o governo arrecadaria 100% do valor apontado pela Receita
Em vários casos, sem desoneração, a atividade beneficiada não existiria ou seria informal, sem pagar tributos
Novamente ...
E assim menospreza o possível benefício da desoneração em termos de emprego, renda, desenvolvimento, etc
O Brasil merece debate melhor.