👇🏾👇🏾👇🏾A mudança de tom no jornalismo econômico é evidente. Os profissionais mais radicalmente defensores de reformas estruturais como antídoto ao ambiente passaram a defender aumento urgente do gasto social. Festejo.
Sou crítica da política econômica refém das planilhas há muito tempo. Meus textos no @JornalOGlobo são prova disso. Não pactuo com irresponsabilidade fiscal, mas o Brasil tem uma dívida social imensa, que jamais poderia ser desconsiderada.
*ambiente de crise
O pensamento único é nocivo. Na política, na economia, o contraditório é essencial. Desde o início do atual governo, alertei para o risco da verticalização representada pela fusão de todas as pastas no Ministério da Economia. Em crise, a resposta é mais lenta. Taí.
Entramos numa crise aguda com atividade econômica vacilante, mercado de trabalho flexibilizado no precário. A informalidade em nível recorde dificulta o distanciamento social. Como 41% dos brasileiros apartados da CLT vão parar de trabalhar sem direito a benefícios?
Além de pensar no importante auxílio às empresas nocauteadas pela pandemia do coronavírus (cadeias do turismo, da cultura, do comércio), na estabilização dos mercados financeiros, é preciso alcançar os trabalhadores informais. FGTS e aposentadoria não alcançam esse grupo.
O INSS desestruturado entupiu canais de transferência de renda. Estamos desde o início do ano noticiando a pane na liberação de auxílio doença, seguro desemprego, Bolsa Família e BPC. Prefeituras não conseguem incluir famílias vulneráveis no cadastro único.
Fundamental destravar esses canais. O diálogo com governos estaduais e prefeituras é fundamental. Vivemos nas cidades. É hora de testarmos se o lema “Mais Brasil, menos Brasília” é para valer.
👇🏾👇🏾👇🏾 O mercado está ocupado em projetar queda dos juros básicos, mas urgente é um pacote de gastos. Repito: destravar canais de transferência de renda, distribuição de alimentos, ativar a rede de proteção social.
blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/…
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👇🏾👇🏾👇🏾Macron, que de esquerdista não tem nada, está anunciando um plano muito profundo de proteção social para a França. São medidas que deveriam inspirar a equipe econômica brasileira.
