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(1/11) É hora para cortar salários do funcionalismo público? Nossa resposta é não e o argumento é econômico. Neste fio, dados e simulações realizadas no NEMEA @cedeplar para demonstrarmos isso:
Por: @edsonpaulodomin , @DeboraFreirec e Aline Magalhães.
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(2/11) Equipe econômica do governo insiste na lógica fiscalista mesmo em época de emergência de saúde e econômica. Como ressaltado por @bollemdb e diversos economistas, em vários países, a situação exige injeção de recursos novos...
(3/11)...mesmo que isso custe endividamento público e ampliação de déficit no curto prazo. A medida proposta de cortar salários de servidores em 20% para contribuir com recursos para a saúde vai na contramão do necessário e adequado neste momento.
(4/11) Por 4 razões: 1) é uma transferência de recursos (corta renda e consumo de um lado para colocar em outro); 2) aumenta a incerteza na economia (servidores sujeitos a corte de rendimentos) gerando atitudes precaucionárias de redução do consumo presente;
(5/11) 3) o montante de recursos seria irrelevante para o tamanho das necessidades; 4) não há garantia que o recurso iria para a saúde, o provável é que apenas melhoraria as contas fiscais (marginalmente).
(6/11) Como mostramos em trabalho do NEMEA-Cedeplar (pesquisas.face.ufmg.br/nemea/2020/02/…) o PIB pode recuar de -1,2% (corte de 20%) a -0,30% (corte de 5%) como efeito de curto prazo desse tipo de política de corte de salários de servidores. Tudo que não precisamos neste momento.
(7/11) Para se ter uma ideia dos recursos necessários: Supondo corte de -8,33% de consumo das famílias e exportações, equivalente a um mês a menos desses itens de demanda final na economia (dados das Contas Nacionais). O impacto no PIB seria de -5,6% e no emprego de -4,43%.
(8/11) A injeção de R$ 450 bi de investimento e consumo do gov. (equivalente a 17% do consumo do Gov + Investimento) anularia esse efeito negativo no PIB. O efeito sobre o emprego seria positivo em 3,5% (multiplicador de emprego do investimento e consumo gov. é alto).
(9/11) Aproveitando o elevado impacto de investimento e consumo do governo, notem que, se estes se elevam em R$250 bilhões, já seria suficiente para anular o efeito negativo no emprego da retração de consumo e exportações. Números derivados de simulações do NEMEA-Cedeplar.
(10/11) O momento é de injeção de recursos, com ampliação do déficit fiscal e endividamento. No pós-crise os instrumentos de financiamento são discutidos: ajuste pelo lado dos gastos, contribuição progressiva da sociedade via tributação da renda e riqueza ...
(11/11) ...com modificações tributárias necessárias ao aumento da progressividade do IRPF, etc. O governo tem esses instrumentos à sua disposição e precisa fazer o que lhe cabe no momento para salvar vidas e estabilizar a economia. Conjuntamente.
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