Leio comentários que Weintraub, por não ter nada para fazer, cria confusões.
Acontece que ele tem muito a fazer e não faz. Mais ainda. Está na direção oposta de uma liderança que deveria atuar no nível nacional coordenando ações nesse período q também é de crise na Educação.
Acontece que ele tem muito a fazer e não faz. Mais ainda. Está na direção oposta de uma liderança que deveria atuar no nível nacional coordenando ações nesse período q também é de crise na Educação.
Como já vínhamos destacando desde o ano passado, o protagonismo nas políticas educacionais saiu do MEC e passou a ser dos governos estaduais e do Congresso Nacional. Nessa crise do corona, o CNE (Conselho Nacional de Educação) também tem assumido uma liderança importante.
Estamos acompanhando os esforços nas redes estaduais e municipais de educação para minimizar os impactos dessa crise na educação. As respostas não são perfeitas, mas a intenção de salvar vidas no longo prazo - que é o que faz a educação - é muito presente e forte.
Também no CNE, há um empenho obstinado para produzir diretrizes que ajudem os alunos e as redes escolares nesse período de quarentena e também no volta às aulas.
E não posso deixar de mencionar o trabalho de centenas, milhares talvez, de organizações da sociedade civil, pequenas e grandes, que prontamente alteraram seus planejamentos originais e estão dedicando energia, recursos e conhecimentos para a educação sair melhor disso tudo.
Volto ao ponto inicial: há muito a ser feito no MEC. De apoio emergencial aos esforços de educação à distância ao apoio para a ampliação do turno na volta às aulas, passando por uma série de outras políticas de coordenação da política nacional.
A irrelevância do MEC, que nem é chamado para as coletivas de imprensa do governo federal, tem um preço. A educação sofreria menos se tivéssemos lideranças no ministério que trabalhassem de verdade no melhor interesse dos alunos brasileiros.
Essa ausência será muito sentida, por gerações e por todos nós. A mesma seriedade e compromisso que queremos, ainda mais agora, na área da saúde, deveríamos cobrar na educação. O ministro não é apenas “lastimável”. Ele está reduzindo as oportunidades futuras do Brasil.
