Cobri um bocado o programa nuclear iraniano como repórter do @Estadão, inclusive viajando a Teerã p acompanhar a visita do Lula e a tentativa turco-brasileira de mediação
Entrevistei d autoridades do gov Ahmadinejad a líderes da oposição reformista. (Lula desembarcou no Irã exatamente 1 ano após o governo ter brutalmente reprimido a chamada “revolução verde” e trancado boa parte de seus líderes)
O país estava polarizado e os 2 lados discordavam de praticamente tudo, menos de 1 ponto: o Irã não deveria, jamais, abandonar sua tecnologia nuclear
Rohani foi eleito por seu pragmatismo e com a promessa de aliviar o colapso econômico em gde parte imposto pelas sanções do CSNU, EUA e UE. Foi nesse contexto q aceitou negociar c Obama e firmar o JCPOA
Agora imaginar que qlqr governo iraniano, conservador ou reformista, concordará em desmantelar o programa diante de + sanções unilaterais dos EUA (UE, CHI e RUS obviamente ñ apoiarão) ou da ameaça de guerra, é ñ ter a menor noção da realidade iraniana
Ou então realmente querer ver o circo pegar fogo c uma guerra p “mudança de regime” – como sempre defendeu o agora assessor de seg nacional John Bolton.
Afinal, se tds na rep islâmica defendem o prog nuclear, só instalando um regime pró-Ocidente a situação “se resolve”.
Sim, sim: isso soa tão George W. Bush 2002 contra o Iraque. Mas agora, de saída, europeus, russos, chineses e o mundo (fora Israel e Arábia Saudita) já estão contra.
