Caros amiguinhos, dá para questionar a astrologia como pseudociência sem desqualificar sua importância histórica, cultural e social. Vamos fazer os colegas gostarem mais de ciência e dos cientistas e não o contrário, ok?
A regrinha é bem simples: não seja babaca, cagando regra para o resto do mundo fora da sua bolha. Isso só vai fazer os coleguinhas irem para cada vez mais longe e os seus amiguinhos de bolha te amarem mais.
Continuando a thread, achei um texto bem interessante que fala sobre como comunicadores de ciência devem abordar astrologia theguardian.com/science/the-la…
Por coincidência é o mesmo ponto do meu primeiro tuíte. Você pode argumentar contra a astrologia ser considerada ciência, mas tome um pouco de cuidado com generalizações e comparações estapafúrdias
E astrologia é só um exemplo de como nós, comunicadores de ciência, estamos perdendo a batalha. E boa parte ds culpa é nossa theguardian.com/science/occams…
Como começaram a me questionar que estou generalizando, vamos então a artigos com casos específicos de como a comunicação científica pode ir por água abaixo se não tomarmos cuidado em como comunicar. Existem muitos artigos sobre isso, mas escolhi um bem recente.
Aqui nesse artigo uma das conclusões interessantes é que o público pode sim generalizar a comunicação de um cientista para a ciência como um todo, potencialmente afastando o público ainda mais da ciência. Caso real, não teórico.
rsos.royalsocietypublishing.org/content/5/2/17…
rsos.royalsocietypublishing.org/content/5/2/17…
Aqui um capítulo de livro específico sobre como comunicar temas controversos, cheio de referências sobre estudos empíricos e no final tem uma lista de táticas para se comunicar melhor esses temas.
ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK42572…
ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK42572…
Aqui um trecho bem interessante da parte final do capítulo 
Fechando a thread (juro) não ache que a divulgação científica está parada nas últimas décadas e que vamos "acabar" com a pseudociência "batendo" nos colegas no twitter. Conflito direto sobre temas controversos não resolvem e podem agravar o problema.
Estamos todos no mesmo barco, querendo que não confundam ciência com pseudociência. Mas podemos usar a tática Bolsonaro e dar porte de arma para os cientistas atirarem por aí ou usar o conhecimento que temos para buscar alternativas para comunicar melhor.
