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Eu ia fazer a thread das curiosidades sobre como é crescer num bar, mas certeza que vou parar na segunda curiosidade só por preguiça. Kkkkkkkkk
Isso eu bem confiante de que pelo menos duas pessoas dariam like. Kkkkkkk
O bar q minha família tinha era daqueles bem simplao da época q uma Antarctica custava 1 real e funcionou como bar até uns 2 anos atrás qdo minha mãe decidiu mudar pra restaurante, pq vida de cuidar de bar é muito desgastante real (n q restaurante n seja, mas n tem gente beba).
O bar era bem conhecido pela galera de Timon, levava o apelido do meu avô e por lá a galera só chamava a gente de "filhas" ou "netos" do Pindá. Então mesmo sem nos conhecer, se eu falasse que eu era "neta do Pindá" as pessoas já achavam que eu era uma pessoa confiável.
Muitos dos políticos conhecidíssimos da cidade já tomaram muitos porres no bar do vô, deram muitos vexames e já quebraram muitos copos. Kkkkkkkk
Como naquela época ninguem ligava muito pra se tinha crianças no bar ou não. Eu e meu irmão sempre ficávamos por lá, sentavamos na mesa dos clientes amigos e ficávamos batendo papo até umas horas. Formando caráter logicamente né, mores.
Teve uma época q minha tia mandou meu irmão e eu provarmos cerveja (eu tinha 5, meu irmão tinha 3) eu ODIEI. Meu irmão amou tanto que todo dia pela manhã antes de abrir o bar ele saía virando os copos com resto de cerveja do dia anterior (quente e choco).
O mais doido é que de tanto ver gente passando vexame, vomitando e tudo mais, apesar de ter disponível sempre um monte de bebida eu era completamente contra beber. Só fui beber com quase 18 anos. De lá pra cá, bem, minha foto aí diz muito. Kkkk
Existia muito preconceito, pq quem tava na luta mesmo era minha tia e minha mãe, então chegava um monte de embuste falando merda e muitos pais não deixavam meus amigos me visitar pq achavam que era um cabaré. 🤷
Era meio bosta em muitos aspectos pq minha mãe não tinha tempo pra nada e vivia cansada. Então muitas coisas q era comuns a outras famílias a gente não teve, tipo ceia de Natal (pq elas trabalhavam até nesses dias) e eu e meu irmão íamos pra vizinha que são praticamente família.
La em casa a gente nunca teve preconceito com ninguém e no bar não era diferente. Então durante muito tempo era point de encontro das gay de Timon. E eu batia papo com todo mundo. Já fui mais comunicativa mesmo.
As festas de aniversário minha e do meu irmão sempre lotavam de adultos por motivos de: tinha cachaça pra caralho, os pais dos amigos faziam questão de ir. Kkkkkk
Como eu disse: lá frequentava todos os tipos de pessoa, inclusive as prostitutas do cabaré do "Chiquinho viado" que eram uns amores comigo e com meu irmão que iam pra tomar caldo de carne com coca cola cedinho lá.
Nós nunca sofremos um assalto lá exceto por um muito triste que aconteceu há um ano, mas já era restaurante. Durante os anos de bar, era meio que zona protegida dos mala tudinho, ninguém era doido de mexer. Isso tudo, graças ao tratamento igual pra todo mundo que recebiam la.
Menino, agora eu lembrando percebi que o bar era tipo o "Norvana" dos bar. Unia todas as tribos. Kkkk Tanto os polícia quanto os bandidos andavam lá. Inclusive andava até um cara que dizem que era mercenário lá e trocava altas ideias com a galera.
Quando eu tava um pouquinho mais velha, eu comecei a ajudar no bar, lavava os copos, fazia uns caldos, limpava umas mesas e até servia as vezes. Acho que minha família nunca foi indiciada pela amizade com a galera da polícia tbm. Kkkkkkkk
Hoje sou uma adulta que sabe dos paranauê de gelar uma cervejinha e de abrir sem congelar, graças aos anos e experiência dando aquela molhadinha na garrafa de tivesse muito branquinha num dia de muito calor.
Se tinha uma coisa abusada era freguês se achava e que pensava que pq tava pagando poderia tratar a gente do jeito q bem entendesse. Minha tia metia o Loko. Chegou a quebrar copo na mão de tanto ódio e expulsou o cliente e mandou socar o dinheiro no cu. Kkkkkk
Por muito tempo eu vi minha tia e mãe indo dormir 4/5 da manhã e acordando 8 pra começar tudo de novo. Toda vez que eu escuto alguém dizendo que sonha em ter um bar eu só penso: "Deus me dibre."
O dia de folga lá era segunda feira. Meu avô criava galinha no quintal e toda segunda a gente fazia uma galinha caipira com pirao pro almoço com uma coquinha, se sentava todo mundo a mesa, conversava horrores. E as minhas melhores lembranças são dessas segundas.
Caralho! Lembrei de uma absurda. Eu muito bem no meu quarto, brincando com meu irmão e pensar que não: chega um cara bebo que simplesmente CAPOTOU no chão e dormiu! Kkkkkk (O bar era na frente da casa)
Poucas brigas rolavam no bar, era uma grande família de bêbados. Aprendi que numa mesa de bar todo mundo vira amigo de infância. Das poucas brigas que rolaram eram sempre "forasteiros" KKK em uma delas meu avô pegou uma mesa pra proteger o som de uma garrafa que jogaram.
Como o bar era conhecido, no tempo dos ~paquerinha~ os infeliz sabiam meu endereço mesmo sem eu dizer e do nada apareciam por lá. Eu tinha ódio. Muito celebridade com a vida invadida mesmo.
Inclusive um menino que tava de fuleragem comigo apareceu com os primos mais velhos lá e minha mãe resolveu me dar um esporro (nem lembro pq) no meio do bar nesse dia. Kkkkkkkkk Momentos.
Uma das maiores vantagens é que no tempo que existia os Geloucos da coca cola eu conseguia vaaaaaarios de uma vez né. E todas as outras promoções da que era de trocar tampinhas, eu fazia coleção rapidinho das coisas. Kkkk
