Apesar do saldo positivo, as notícias de criação de vagas de emprego formal continuam muito ruins. Ainda que o número de admitidos totais tenha superado o de desligados em 5% agora em outubro, essa recuperação é fortemente concentrada nas faixas de baixos salários (até 2). 1/5 
Na faixa de 4 ou + salários, o número de desligados foi 47% maior que o número de admitidos, diferença MTO superior ao pré-crise. Ou seja, seguimos tendo substituição de empregos de maiores rendimentos por vagas de menores rendimentos, o que mostra uma precarização do mercado 2/5
Criar vagas é bom. Mas fazer isso perdendo qualidade/rendimento é mto ruim. Não acho q dá pra comemorar trocarmos 1 emprego de 4 salários por 2 empregos de menos de 2 salários... Perde-se renda total e poder de consumo da população assim. É preciso crescer, mas sem precarizar 3/5
Em termos macroeconômicos, isso significa que o total de rendimentos do trabalho formal continua a cair, nos afastando ainda mais do fim da crise. Parece-me que comemorar criação de vagas com maior precarização é comemorar tiro de festim. 4/5
Além disso, vejam que a recuperação da relação admitidos/desligados absolutamente perdeu fôlego e se estabilizou num nível incrivelmente baixo para a taxa de desemprego atual. Isso é péssimo: indica que seguiremos com altíssimo desemprego ou informalidade por um bom tempo. 5/5
