Tem sexismo, machismo, estupro. E tem privilégio em ser mulher: homens e mulheres têm opinião mais positiva sobre elas do que eles. Elas são mais corporativistas entre si do que homens. O grupo é protegido por conservadores e progressistas ao mesmo tempo. bit.ly/2szZm4o
Quando não nos orientamos pelos dados e por argumentos claros, tudo o que temos é nossa configuração de fábrica. Em enorme medida, a nossa configuração de fábrica é pró-mulheres. A realidade é, muitas vezes, o exato oposto do que os ativismos alegam que ela é.
Ativistas alegam que conservadores no poder são uma ameaça às mulheres. Mulheres são enorme parte da base conservadora, e mulheres como a Janaína Paschoal propõem projetos de lei pró-mulheres e anti-homens como o infame projeto que quase proibia a eles de trabalhar com crianças.
Enquanto é verdade indiscutível que os tabus sociais quanto ao sexo são restritivos a elas e licenciosos a eles (e há motivos evolutivos para isso: mais uma vez, é nossa configuração de fábrica), a proteção às mulheres, ao ponto de gerar injustiças, é mais comum que o contrário.
As duas coisas - sexismo e proteção - até se encontram na condescendência, paternalismo, superproteção, infantilização. É o que quando eu era criança a gente chamava de "café com leite": a criança fraca que não pode competir, cujos sentimentos poupamos ignorando regras do jogo.
Pessoas realmente fortes odeiam ser tratadas assim. Já as mimadas, que precisam simular uma força que não têm (o famoso empoleiramento), querem transformar todo ambiente nessa zona de conforto.
