Fui surpreendido ontem por uma péssima matéria jornalística (hoje em dia, é quase uma tautologia escrever "péssimo" e "jornalismo" na mesma frase) tentando lançar a pecha de "nazista" sobre o meu amigo @r_nog, um dos intelectuais mais competentes dessa geração.
Rafael Nogueira foi chamado, sem mais nem menos, de "goebbolsonarista" pela ridícula matéria de UOL e Le Monde. O motivo? Ele é "monarquista". É uma tolice própria de jornalistas mais interessados em falar bobagens para prejudicar, quando se sabe que Hitler odiava monarquias.
Mais que isso: uma das principais oposições ao regime nazista foi uma monarquia, a britânica, sob a chefia do Rei Jorge VI.
Churchill mesmo reconhecia que, sem Jorge VI, a Inglaterra não teria enfrentado tão valorosamente os nazistas.
Churchill mesmo reconhecia que, sem Jorge VI, a Inglaterra não teria enfrentado tão valorosamente os nazistas.
Apesar da tolice que é fazer uma ligação tão ridícula e estúpida entre monarquia e nazismo, nada depõe tanto contra essa tentativa de difamação quanto o próprio caráter e o trabalho de Rafael Nogueira.
Rafael Nogueira é um intelectual sério, honesto, com uma memória colossal, uma erudição invejável e grande conhecimento do pensamento político ocidental e do brasileiro. Estar na Biblioteca Nacional, como ele está, não é favor: é quase como "lugar próprio", peixe na água.
Quando o nome de Nogueira foi cogitado para a BN, ele me ligou e perguntou o que eu achava. Eu disse que não conseguia ver ninguém melhor para estar ali, mas que ele avaliasse isso diante do seu plano de vida e de sua vocação, pois ele não precisava disso -- só o Brasil ganharia.
Sabíamos que ele enfrentaria oposição e que matérias ridículas como essa surgiriam -- um contratempo que ele, por exemplo, não precisava, pois possui uma carreira intelectual e de professor em ascensão. Mas Rafael pensou no que podia colaborar para o Brasil e topou o desafio.
Às vésperas do Bicentenário da Independência de nosso país, ninguém melhor do que um grande conhecedor do pensamento dos fundadores do Brasil para chefiar uma instituição que acompanha o nascimento de nosso país, como a Biblioteca Nacional.
É evidente, porém, que a verborragia midiática, ao acusar um intelectual do porte de Nogueira vom tais baixarias, apenas reflete a tradicional invejinha e o desprezo pela inteligência, que marcam, como uma doença, muitos momentos da história brasileira.
Todo meu apoio a @r_nog.
Todo meu apoio a @r_nog.
