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AUTORITARISMO ESTRUTURAL E COMPORTAMENTAL
Depois de cinco a seis milênios de civilização patriarcal é quase impossível não reproduzir padrões autoritários nas nossas ideias e comportamentos. Siga o fio.
AUTORITARISMO ESTRUTURAL E COMPORTAMENTAL
Depois de cinco a seis milênios de civilização patriarcal é quase impossível não reproduzir padrões autoritários nas nossas ideias e comportamentos. Siga o fio.
Ou seja, há um tronco de "autoritarismo estrutural" do qual derivam vários ramos como o machismo, o racismo, a xenofobia.
Todos esses padrões autoritários estão baseados na suposta existência de uma hierarquia social e ensejam a distinção entre superiores e inferiores (sejam fortes x fracos, ricos x pobres, sábios x ignorantes) que levam à discriminação.
Muitos movimentos identitários, que lutam contra a discriminação de gênero, de cor, de nacionalidade - mas também de idade, escolaridade, condição de saúde física ou mental ou posição econômica ou social - não percebem que, não raro, reproduzem, na sua luta, padrões autoritários.
Todos os padrões autoritários estão ligados à formas de organização hierárquicas (com topologias mais centralizadas do que distribuídas) e a modos autocráticos de regulação de conflitos (como a guerra, por exemplo, mesmo que não-violenta ou sem derramamento de sangue).
Movimentos identitários que combatem a discriminação também podem ser estruturalmente ou comportamentalmente antidemocráticos na medida em que a democracia surgiu como uma brecha no muro da cultura patriarcal que reproduz padrões autoritários (ou seja, hierarquia e autocracia).
