O discurso da Angela Merkel aos alemães: combater o vírus, defender a democracia, unificar a população e agradecer quem está na linha de frente.
Se você está sentindo o peso de acompanhar tudo isso, vale a pena ler. Separei alguns trechos. Aqui vai o fio 🧶:
Se você está sentindo o peso de acompanhar tudo isso, vale a pena ler. Separei alguns trechos. Aqui vai o fio 🧶:
“Caros cidadãos, o coronavírus está atualmente mudando a vida em nosso país de maneira dramática. Nossa ideia de normalidade, de vida pública, de interação social – tudo isso está sendo testado como nunca antes antes.”
“Milhões de pessoas não podem ir trabalhar, seus filhos não podem ir à escola ou à creche, teatros, cinemas e lojas estão fechados e, talvez o mais difícil, todos sentimos falta dos encontros que, em outros tempos, eram tão naturais.”
“Sei o quão dramáticas as restrições já são: sem eventos, sem feiras, sem shows e, por enquanto, sem escola, sem universidade, sem jardim de infância, sem brincar no parquinho.”
“Permitam-me assegurar-lhes: para alguém como eu, para quem a liberdade de viajar e de movimento foi um direito conquistado com muito esforço, essas restrições só podem ser justificadas como uma necessidade absoluta.”
“Em uma democracia, elas nunca devem ser decididos superficialmente e apenas temporariamente – mas, no momento, são indispensáveis para salvar vidas.”
“Permitam-me também expressar meus agradecimentos aqui a pessoas a que raramente agradecemos. Hoje, qualquer pessoa que esteja em um caixa de supermercado ou enchendo as prateleiras está fazendo um dos trabalhos mais difíceis que existem no momento.”
“Não entrem em pânico, mas também não pensem por um momento que alguém realmente não faz diferença. Ninguém é dispensável. Todo mundo conta, todos os nossos esforços são necessários.”
“É isso que uma epidemia nos mostra: quão vulneráveis somos todos, quão dependentes somos do comportamento atencioso daqueles que são vulneráveis, mas também como podemos proteger e fortalecer uns aos outros agindo juntos.”
“Depende de todos. Não estamos condenados a aceitar passivamente a propagação do vírus. Temos um remédio: devemos manter distância uns dos outros por consideração.”
“É difícil fazer o que é exigido de nós. Queremos estar próximos uns dos outros, ainda mais em momentos de necessidade. Vemos o afeto como proximidade física. Agora, infelizmente, o oposto é verdade. É preciso entender: agora, a distância é a única maneira de expressar carinho.”
“A visita bem-intencionada, a viagem que não precisava acontecer, tudo isso pode ser contagioso e realmente não deve mais acontecer. Há uma razão pela qual os especialistas dizem: avós e netos não devem estar juntos agora.”
“Todos temos que encontrar maneiras de mostrar afeto e amizade: Skype, telefonemas, e-mails e talvez escrever cartas novamente. O correio está sendo entregue. Agora, ouvimos exemplos maravilhosos de ajuda da vizinhança para os idosos que não podem ir às compras.”
“Nós somos uma democracia. Não vivemos pela força, mas por conhecimento compartilhado e participação. Esta é uma tarefa histórica e ela só pode ser realizada em conjunto.”
Quem quiser assistir ao vídeo, existe uma versão com legendas em inglês, mas a tradução automática do YouTube para o português também está bem razoável:
