Em 30/03/2022 a #Alemanha emitiu o primeiro alerta à população e á #indústria: reduzam o consumo de #gásnatural. O racionamento será inevitável caso o país não pague em #rublos pelo combustível importado da #Rússia. 
Ainda que #Putin ofereça um prazo para aditamento dos contratos e ajustes financeiros e monetários para pagamentos de #commodities em #rublos, a Rússia não voltará atrás nessa exigência.
A #Europa precisa preparar-se urgentemente para pagar aos russos também em rublos pelo trigo, fertilizantes, madeira, alumínio, aço e titânio.
Na Alemanha, após os dois primeiros níveis de alerta (o primeiro foi emitido hoje), o Estado poderá intervir nas estações de bombeamento de gás e ajustar o fluxo.
O governo alemão afirma que os reservatórios de gás estão com 25% de sua capacidade. Analistas independentes do setor energético apontam que o número mais correto de armazenamento gira em torno de 15% da capacidade, volume que alarmaria a opinião pública.
No mais, não será possível a Alemanha sobreviver sem gás russo antes de 2027. E isso se as iniciativas rumo a novas matrizes energéticas funcionarem como planejado.
Por enquanto, fica a promessa vazia de Biden em destiner a UE mais 15 bilhões de metros cúbicos de gás natural, além dos 80 bilhões de metros cúbicos vendidos aos europeus em 2021.
Importante notar: existem apenas 642 navios LNG no mundo. Nenhum deles ocioso e grande parte da frota, de bandeira russa.
O maiores navios LNG (construídos na Coréia do Sul), entretanto, navegam sob bandeira do Qatar. Precisariam ir aos EUA e navegar de volta.
O maiores navios LNG (construídos na Coréia do Sul), entretanto, navegam sob bandeira do Qatar. Precisariam ir aos EUA e navegar de volta.
O custo dessa operação beira a insanidade, em comparação com o dos gasodutos russos, isso sem contar possíveis escaladas em conflitos no Oriente Médio.
O mundo mudou nos últimos 34 dias, mas há uma letargia dos TPTB na resposta à essa nova dinâmica de força geopolítica.
O mundo mudou nos últimos 34 dias, mas há uma letargia dos TPTB na resposta à essa nova dinâmica de força geopolítica.
A maior preocupação é da #siderurgia: praticamente toda a cadeia produtiva alemã será paralisada sem o #aço. E sem gás natural, nada de produção de ligas metálicas, segundo o WV Stahl, associação das empresas siderúrgicas.
Resultado imediato: desemprego jamais visto na Alemanha, em tempo recorde. O potencial para racionamento estima que o consumo doméstico pode ser reduzido em 15%. Na manufatura, comércio e prestação de serviços, em até 10%. Na indústria pesada, 8%.
E se o povo alemão colaborar, a geração de energia pode poupar até 36% do consumo de gás natural.
Vai ficar bem difícil carregar as baterias daquele Tesla ou Porsche Taycan... Sim, essa crise terá impacto direto na mobilidade urbana eletrificada, principalmente nos #EV, os carros elétricos.
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