A boa notícia é que o Grêmio está fazendo um ano histórico em 2018, do ponto de vista administrativo e financeiro, outro assunto que destrinchamos pela manhã no @SporTV. Comparamos números gremistas com colorados para dar a dimensão do espetáculo que tem sido esta temporada.
O Grêmio tem faturamento de R$ 337 milhões entre janeiro e setembro de 2018, contra R$ 232 milhões arrecadados pelo Internacional no mesmo período. A direção gremista elevou consideravelmente todas as receitas se compararmos com o ano passado, principalmente a venda de jogadores.
Olhamos para as despesas, e o Grêmio gastou muito menos do que o Internacional para conseguir um desempenho esportivo superior. Foi campeão gaúcho, chegou até a semifinal da Libertadores, vai muito bem na tabela do Brasileirão. Fazer mais com menos dinheiro é sinal de eficiência.
E o mais impressionante está no que analistas financeiros, como o @cesargrafietti, chamam de geração de caixa. É a diferença entre receitas e despesas ordinárias, ou seja, quanto dinheiro sobrou para que o clube pagasse dívidas ou fizesse investimentos. O Grêmio foi bem demais.
Ao mesmo tempo em que no Internacional faltaram R$ 10 milhões para pagar as despesas entre janeiro e setembro, no Grêmio sobraram R$ 133 milhões. É muita coisa. O dinheiro foi usado para reduzir dívidas, manejar despesas e preparar o clube para o ano dificílimo que será 2019.
Sabe qual é o efeito prático de ter finanças em ordem? Renato Gaúcho não foi para o Flamengo. Os contratos de Geromel e Kannemann também foram renovados. O Grêmio está conseguindo manter os principais nomes de seu elenco justamente porque tem uma direção que se preparou para tal.
Precisamos colocar em contexto que o futebol brasileiro passa por um momento de adversidade. Enquanto a maioria sofrerá para se adequar à mudança no fluxo de caixa da televisão, o Grêmio se une a Flamengo e Palmeiras no restrito grupo de clubes que estão preparados para o tranco.
O Grêmio chega a uma posição de equilíbrio financeiro que ficará evidente para o torcedor, logo mais, na pré-temporada. Quando o clube poderá se dar alguns luxos raros no futebol brasileiro, como não ter a necessidade de vender jogadores e ainda ter uma grana para investimentos.
