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🚨🚨🚨 Atenção Twitter! O @IMFNews lançou hoje um livro sobre a história econômica recente do Brasil. 
Ele reconta a evolução de indicadores sociais e econômicos desde a década de 1980, as políticas erradas que levaram à pior crise da história e os desafios adiante.
Ele mostra que nosso problema de produtividade é sério, e nossa renda podia mais que triplicar, mantida nossa estrutura setorial, se tivéssemos a produtividade da Irlanda ou dos EUA.
Mostra também que nosso crescimento desde a década de 1980 foi reduzido em comparação a emergente, apesar de avanços importantes no impacto da educação sobre a produtividade. O problema mais grave é baixa produtividade do nosso capital físico.
Reformas teriam impacto positivo sobre a produtividade. Usando pesquisas de opinião, o livro também mostra que pessoas com mais educação tendem a ser mais favoráveis às reformas. E desempregados tendem a apoiar reformas trabalhistas (oq faz muito sentido).
Uma dessas reformas essenciais é a abertura comercial. Um capítulo que eu co-autorei mostra que o Brasil é absurdamente fechado e é possível abrir a economia aproveitar os ganhos com o com ao mesmo tempo em que há uma política pro mercado de trabalho pra cuidar do curto prazo.
Um outro capitulo que eu co-autorei mostra que houve uma queda na desigualdade regional do Brasil na década 2004-2014. Houve também uma queda importante em padrões de consumo. Em 2004, só 20% dos 5% mais pobres tinham celular. Em 2014, mais de 90%.
Essa análise é estendida confirmada por outro capítulo, que usa dados no nível municipal. Entre 2000-2010, a distribuição de municípios brasileiros mostrava muito menos pobreza, desigualdade e informalidade por todo o país.
Um dos melhores capítulos é sobre a previdência. Reforça que a reforma é um imperativo demográfico, que o Brasil apesar de ainda ser jovem já gasta como país velho e traz alternativas que combinam redução nos benefícios reais, aumento da idade mínima e aumento nas contribuições.
Há também um ótimo capítulo sobre a nossa próxima crise: a das Finanzas estaduais. Mais da metade dos estados estão na zona de risco de gastos com pessoal.
Há um capítulo sobre servidores públicos. Confirma nossa percepção de que o prêmio do funcionalismo público federal brasileiro é alto. Estimativas vão de 30% (todos os níveis) a 90% (federal) na literatura. Mesmo usando essa mais baixa, é muito alta pra níveis internacionais.
Há também um capítulo que se foca nas intervenções no mercado de crédito, um dos pilares da nova matriz econômica. No seu ápice, elas custavam 2% do PIB ao ano.
Há também uma parte final com uma abordagem mais multidisciplinar sobre corrupção, que traz perspectivas da economia, direito e ciência política, com um texto do Dudu do @porque_com_br.
Meu capítulos, caso tenham interesse, são esses aqui. To comando também uma foto do índice.
É isso. Você pode baixar o livro aqui: elibrary.imf.org/view/IMF071/24….
