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Pelo motivo da thread anterior -- a importância da responsabilidade individual --, acho que o modelo do parlamentarismo de Westminster é tão salutar. A combinação entre voto distrital e estrutura partidária permite que haja uma pessoa claramente responsável -- e removível.
Esse mecanismo da responsabilização explica porque houve tantos experimentos monárquicos ao longo da história. O modelo oferece uma vantagem clara: você sabe quem manda. Logo, se as coisas estão ruins, você sabe com quem reclamar.
Obviamente, o mecanismo tem seus inconvenientes (é, para dizer o mínimo, complicado fazer substituições). Mas nossa mentalidade moderna está viciada em achar que "substituir" é a solução mais direta para tudo. Nós não substituímos imediatamente pessoas da nossa vida quando...
... as coisas vão mal. Há outros modos de se adaptar: conversar, persuadir, negociar, etc. Uma empresa só demite e contrata novos funcionários em último caso. Enfim: mesmo sem substituição, há espaço para melhorias.
Complementarmente, a ausência de um responsável claro é um problema enorme. Não adianta nada pode demitir um funcionário com rapidez se você não sabe direito quem é o responsável pelo quê. E é mais ou menos assim que funcionam as democracias modernas.
O gênio do sistema de Westminster foi combinar mudança e permanência. Minha modesta sugestão é estudar e se inspirar por esse modelo.
