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Viva o Xingu! Há 58 anos era demarcada a primeira grande Terra Indígena do Brasil: o Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. É muita história e resistência, entre desafios e vitórias dos 16 povos indígenas que fazem parte do Território Indígena do Xingu (TIX). Segue o fio!

O TIX engloba o Parque Indígena do Xingu e mais três Terras Indígenas: Pequizal do Naruvôtu, Wawi e Batovi. Os 16 diferentes povos dessas áreas vivem em união e reconhecem tudo como uma só região, o Território Indígena do Xingu.

📸 Rio Xingu. | Fernanda Ligabue/ISA

O Parque Indígena do Xingu foi a primeira grande Terra Indígena demarcada no Brasil , na gestão Jânio Quadros. Foi homologado em 1961 para proteger um importante complexo cultural, numa região estratégica do ponto de vista ecológico.
📸 Acervo Villas Bôas

São quase 3 milhões de hectares, onde vivem 8 mil pessoas que compõem uma sociobiodiversidade única em uma região de transição entre Cerrado e Amazônia, no coração do Brasil. Conheça: isa.to/2UdKhgI

🗺Território Indígena do Xingu (TIX)

Os irmãos Villas Bôas fizeram uma série de expedições na década de 1950 e defenderam a demarcação da região, devido ao contexto de expansão econômica. Entenda: isa.to/2UbvIdy

📸Índios kuikuro com irmãos Villas Bôas na expedição Roncador-Xingu. | Acervo Museu do Índio

A Associação Terra Indígena Xingu (Atix), fundada em 1995, é formada por lideranças dos 16 povos. Ela trabalha na proteção do território, luta por educação e saúde e apóia alternativas econômicas e fortalecimento cultural.

📸Lideranças na inauguração da Atix. | André Villas Bôas

A Atix teve grande participação na reorganização do atendimento à saúde e no reconhecimento das escolas indígenas. Atualmente, ocupa diversos espaços na política indígena no plano regional e nacional. Acompanhe a página da Atix no Facebook: isa.to/2UcOn9c

📸 Acervo ISA

Recentemente, a Atix se manifestou contra mudanças na política indígena do governo Bolsonaro. Em carta, denunciaram ataques aos seus direitos e pedem apoio da sociedade civil e poder público. Leia na íntegra: isa.to/2Z8SAy8

Estamos ao lado dos povos do TIX desde 1994. Atuamos em temas variados como fortalecimento cultural, soberania alimentar, desenvolvimento de alternativas econômicas, apoio às associações e iniciativas de proteção territorial. Vamos seguir juntos!

Nos últimos 30 anos, 66% das florestas ao redor do TIX foram desmatadas e substituídas por monoculturas. As secas, os agrotóxicos e o fogo descontrolado impactam diretamente na vida dos índios. Confira: isa.to/2YqNQne

📸 Incêndio no alto Xingu. | Adryan Nascimento/ISA

O filme “Fogo na Floresta”, documentário em realidade virtual feito junto aos Waujá, do Parque Indígena do Xingu, conta os desafios enfrentados pela comunidade com o aumento dos incêndios. Coloque seus óculos 🕶 e assista:

As mudanças climáticas também afetam os indígenas no Xingu. Confira o filme “Para onde foram as andorinhas”, em que os eles contam como percebem os efeitos devastadores dessas mudanças sobre o ambiente:

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Grandes obras de infraestrutura, como estradas e ferrovias, também apresentam uma grave ameaça. A Ferrogrão pretende cortar as bacias dos rios Xingu e Tapajós, próximo à fronteira do TIX. Saiba mais: isa.to/2Z7YXBL

🗺 Traçado proposto da Ferrogrão

A construção da rodovia federal BR-242, a apenas 12 km do TIX, pode impactar os rios que formam o Xingu, acabar com remanescentes florestais e afetar o complexo arqueológico Kamukuwaká. Saiba mais: isa.to/2UfJuMq

📸 Vestígios de cerâmica no Kamukuwaká. | Emerson Guerra

Em carta publicada em março, a Atix alerta para os impactos da BR-242 e pede que o direito dos indígenas à Consulta Livre, Prévia e Informada seja respeitado. Leia na íntegra 👉🏾 isa.to/2Z9HIQv

Os xinguanos estão colocando em prática seu Plano de Gestão do Território Indígena do Xingu. O AIC, Apoio a Iniciativas Comunitárias, é uma parceria entre nós e a Atix para incentivar projetos de alimentação, cultura e alternativas econômicas.

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As mulheres dos povos Waujá, Kawaiwete e Kĩsêdjê manejam tradicionalmente uma variedade de pimentas e estão se organizando cada vez mais em busca de alternativas de geração de renda. A demanda por produtos indígenas só aumenta!

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Produção indígena = produção recorde! Os Kĩsêdjê produziram 315 litros de óleo de pequi em 2018, na Terra Indígena Wawi, no Xingu. Eles conseguiram recuperar uma área degradada com a plantação: já são 3 mil pés de pequi! Confira: isa.to/2RxiczM

📸 Rogério Assis/ISA

O Mel dos Índios do Xingu já foi reconhecido internacionalmente pela ONU! O trabalho é uma importante alternativa de geração de renda conectada com o modo de vida indígena.

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As sementes coletadas pelas Ikpeng (Yarang) são usadas para restaurar áreas degradadas perto do TIX. Junto com outros povos, as Yarang fazem parte da @RedeXingu, a maior rede de comercialização de sementes nativas do Brasil. Conheça: isa.to/2ZaxLme

📸Guaíra Maia/ISA

Amansando o fogo! Preocupados com os impactos dos incêndios no Xingu, os Kawaiwete, Waujá e Ikpeng estão construindo estratégias para lidar com as #MudançasClimáticas que intensificaram a força do fogo.

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Os xinguanos também estão organizados para a proteção territorial. Por meio de novas tecnologias eles monitoram queimadas, desmatamento e obras de infraestrutura no TIX. Saiba mais: isa.to/2Z946JS

📸 Alunos Ikpeng monitoram impactos dos incêndios. | Marcus Schmidt/ISA

Fruto de muito trabalho, os xinguanos construíram seu Protocolo de Consulta, documento que detalha de que forma os indígenas devem ser consultados sobre qualquer projeto ou iniciativa afete suas vidas. Confira 👇🏾

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Os xinguanos também tem seu Plano de Gestão, que traz acordos internos e propostas para o governo e organizações da sociedade civil sobre as principais questões da gestão ambiental e territorial do TIX.

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Xingu é desenvolvimento que respeita a natureza! 65 aldeias do TIX já contam com energia limpa. São 70 sistemas fotovoltaicos instalados que geram energia renovável em escolas, postos de saúde e sedes de associações. Saiba mais: isa.to/2YuD2Vh

https://twitter.com/socioambiental/status/1112867439212158976