Perdeu o ABC das Minas sobre literatura? Todos os episódios já estão no nosso YouTube, onde @atatianyLeite te apresenta as histórias de Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Cassandra Rios e Chimamanda Adichie. youtube.com/playlist?list=…
E pra continuar a conversa sobre autoras incríveis, chamamos a poeta e pesquisadora @brunalacuna pra fazer uma série de threads especiais aqui pro nosso Twitter. Hoje o fio é sobre a filósofa e militante da causa feminista-negra Djamila Ribeiro! 
Mestra em filosofia política pela Universidade Federal de São Paulo, Djamila estudou a obra das filósofas feministas Simone de Beauvoir, autora do clássico O Segundo Sexo (1949), e Judith Butler, pensadora que inaugurou a teoria queer com Problemas de Gênero (1990).
Por conta de sua ativa atuação nas redes sociais, Djamila alcançou notoriedade nas discussões contemporâneas sobre racismo e feminismo, conseguindo como poucos pesquisadores quebrar a bolha da Academia e falar com o público em geral.
A partir de sua imensa relevância e contribuição ao debate público no Brasil, em 2016 foi nomeada Secretária Adjunta de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo, durante a gestão do prefeito @Haddad_Fernando.
No seu primeiro livro, O que é Lugar de Fala, ela traz a voz de diversas pensadoras negras para compor sua linha de pensamento, como Angela Davis (foto) e Grada Kilomba (que virá à @flip_se 2019).
Grada Kilomba é uma importante pensadora da nova geração, e essa entrevista é interessante para compreender suas principais ideias. Ela defende que brancos também precisam se racializar para entender a problemática do racismo e ajudar a minimizá-lo: cartacapital.com.br/politica/201co…
Há uma confusão muito grande em torno do termo “lugar de fala”. Djamila esclarece isso em seu livro, concluindo que todos têm lugar de fala, a questão é que as pessoas precisam entender de onde vêm as suas vozes.
Ou seja, um branco pode (e deve!) falar de racismo, contanto que comece a discussão a partir da sua locução privilegiada: falando de branquitude. Homens podem (e devem!) falar de feminismo, iniciando sua fala a partir da masculinidade. E por aí vai. É esse o lugar de fala.
Ela também cria um diálogo com a filósofa panamense Linda Alcoff e advoga pela descolonização do pensamento, ou seja, entender que determinados conhecimentos, por virem de grupos privilegiados (homens brancos, por ex), são fortalecidos em detrimento de grupos minoritários.
Essa obra abriu a coleção Feminismos Plurais, coordenada por ela, e que conta com livros importantes de autores negros, como @BertJoi falando de empoderamento e Juliana Borges falando sobre encarceramento em massa.
Ela também publicou o Quem tem Medo do Feminismo Negro?, que reúne artigos publicados em sua coluna na @cartacapital e um longo ensaio autobiográfico. Nossas colaboradoras da @revistaazmina já escreveram sobre ele: hysteria.etc.br/ler/delirium-n…
Djamila Ribeiro também foi a segunda mulher (e a primeira brasileira) mais citada na pesquisa que fizemos sobre o #8M: hysteria.etc.br/ler/dia-da-mul…
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