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1. Não há como existir um grande movimento político conservador sem haver antes um grande movimento cultural e irradiado conservador (nas universidades, imprensa, nas artes, nos meios empresariais, estudantis e clericais), para depurar e impregnar uma cosmovisão conservadora.
2. Se não for assim, acontece o que vemos: políticos com aparências conservadoras aqui e acolá, mas completamente dominados pela linguagem esquerdista e revolucionária, frágeis, inseguros e contraditórios. Com raras exceções dos melhores formados, mais atrapalhando que ajudando.
3. E foi precisamente isso que observamos nesta espuma política de uma "onda conservadora" que surgiu politicamente, nem onda, uma maré contínua após o abalo sísmico intelectual anti-esquerdista do Olavo de Carvalho nos anos 1990. Porém, vai junto inúmeras pessoas má-formadas.
4. Estes políticos de PSL, DEM e outros são pedacinhos de um Conservadorismo perturbados por décadas de convivência e aprendizados imersos numa hegemonia cultural esquerdista, que pautou a "forma mentis", a linguagem, o caráter, as emoções e reações, em alguma medida, deles.
5. O político que emergiu sem esta purificação cultural e intelectual da visão global dos olhos conservadores são como o Frankenstein: tem valores genuínos conservadores costurados com inúmeros vícios esquerdistas. Errando e decepcionando muito o eleitor, com alguns acertos.
6. Então será muito comum, um alegado político conservador desta onda, ser contra o abortamento e a favor do desarmamento; defender a propriedade privada, mas ser a favor de impostos sobre grande fortunas; ser contra o Comunismo e, ao mesmo tempo, dar crédito ao governo chinês.
