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NO AR. Verificamos o que disse Sergio Moro na CCJ do Senado e no Ratinho. aosfatos.org/noticias/verif…

FALSO. "Nós estamos aumentando o efetivo da Polícia Federal", disse @SF_Moro no programa do Ratinho. Na verdade, dados do governo mostram redução no quadro de servidores da corporação entre dezembro de 2018 e maio deste ano.

@SF_Moro Segundo o Painel Estatístico de Pessoal, do Ministério da Economia, a Polícia Federal tinha, em maio (último dado disponível), 23.932 servidores — 13.400 destes na ativa. Em dezembro de 2018, eram 13.651 funcionários ativos. Ou seja, no período, houve uma redução de 1,87%

@SF_Moro Em 2017, o efetivo era 4,9% maior que o atual: 14.057 servidores na ativa. Porém, a tendência de queda é observada desde 2016, ano em que a PF contava com 14.687 funcionários ativos.

@SF_Moro Um edital aberto pelo governo Michel Temer, em 8 de junho de 2018, pode incrementar o quadro de servidores da Polícia Federal até o final deste ano. O concurso para selecionar 509 novos funcionários prevê data de nomeação e posse em outubro de 2019.

@SF_Moro Mesmo com o ingresso desses novos servidores, o efetivo da PF na ativa deve permanecer em nível inferior ao observado em 2017.

@SF_Moro Esta não foi a primeira vez que o ministro fala em aumentar o quadro da PF. Em audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado no dia 8 de maio, Moro afirmou que pretende convocar 1.200 concursados. Leia mais: aosfatos.org/noticias/verif…

@SF_Moro Na entrevista, o aumento do efetivo da Polícia Federal foi citado por Sergio Moro como um dos feitos de sua gestão à frente do Ministério da Justiça.

@SF_Moro IMPRECISO. "[O Telegram é] um aplicativo de origem russa", disse @SF_Moro na CCJ do Senado. A afirmação, empregada para questionar a segurança do aplicativo de mensagens, desconsidera problemas que o Telegram, que foi criado por dois russos, tem com o governo daquele país.

@SF_Moro O Telegram foi criado pelos irmãos Pavel e Nikolai Durov, fundadores da rede social russa VKontake (ou VK). O objetivo do aplicativo, segundo Pavel Durov declarou ao TechCrunch, era “criar meios de comunicação que não poderiam ser acessados pelas agências de segurança russas".

@SF_Moro O aplicativo foi banido da Rússia em abril do ano passado após um processo movido pelo governo depois de os fundadores do Telegram terem se recusado a dar acesso às mensagens secretas dos usuários.

@SF_Moro Em 13 de junho, a conta oficial do Telegram aqui no Twitter publicou mensagem em que responde ao fato de ser apontado como um “aplicativo russo”, dizendo que “não possui servidores, programadores, empresas, contas bancárias ou escritórios” na Rússia.

@SF_Moro Atualmente, a equipe de desenvolvimento do Telegram tem sede em Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo a empresa, ao saírem da Rússia, tentaram colocar sua base em Berlim, Londres e Cingapura antes de irem para o país do Oriente Médio.

@SF_Moro Durante a sua fala na CCJ, Moro disse que não tinha mais as mensagens citadas pelo The Intercept Brasil em seu aparelho celular, uma vez que não usava o aplicativo desde 2017.

@SF_Moro Segundo o ministro, a desativação do app ocorreu após virem à tona denúncias sobre a influência de hackers russos nas eleições norte-americanas de 2016: “coincidentemente com o episódio [...] acabei achando que aquele aplicativo, de origem russa, não era um veículo muito seguro”.

@SF_Moro VERDADEIRO. "Até 7 de junho de 2019, foi devolvido em dinheiro à Petrobras cerca de R$ 2,767 bilhões que foram recuperados nessas investigações criminais", disse, corretamente, @SF_Moro durante audiência na CCJ do Senado.

@SF_Moro Segundo informou o Ministério Público Federal em 7 de junho, cerca de R$ 3,1 bilhões foram devolvidos aos cofres públicos, sendo R$ 2,7 bilhões restituídos diretamente à Petrobras.

@SF_Moro A última restituição autorizada pela Justiça Federal no âmbito da Lava Jato foi em acordo de leniência com a Braskem S/A, que transferiu R$ 681 milhões para os cofres públicos, sendo R$ 416,5 milhões à União e R$ 254,5 milhões para a estatal. Leia mais: aosfatos.org/noticias/verif…

@SF_Moro VERDADEIRO. "Nós temos os cálculos oficiais até fevereiro e tinha havido uma queda de 23% nos homicídios em relação ao mesmo período do ano passado", disse o ministro @SF_Moro na CCJ do Senado. O mesmo percentual foi citado por ele no programa do Ratinho.

@SF_Moro Segundo dados do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública), o número de homicídios dolosos caiu de 8.498 para 6.592 entre 2019 e 2018, considerando apenas o primeiro bimestre de cada um dos períodos, uma redução total de 23,1%.

@SF_Moro Proporcionalmente, os estados que puxaram a queda são Ceará (56,9%), Paraná (50,9%) e Roraima (50%).

@SF_Moro Em números absolutos, a quantidade de assassinatos no Ceará teve a redução mais significativa: de 756 homicídios dolosos entre janeiro e fevereiro de 2018 a 326 ocorrências registradas no mesmo período deste ano.

@SF_Moro Na tarde desta quarta-feira (19), o @aosfatos entrou em contato com a assessoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que Sergio Moro pudesse comentar as checagens, mas, até o momento, não houve resposta.

Leia as checagens em detalhes: aosfatos.org/noticias/verif…