A liberação do presidiário Lula era prevista. Inclusive já poderia estar em regime semiaberto, com tornozeleira eletrônica em casa. A queda da execução da pena em 2ª instância sequer era necessária. Portanto, não é para ser comemorada por seguidores nem chorada por adversários.
De dentro da prisão, Lula traçou estratégias eleitorais, foi pré-candidato à presidência, fez campanha para seus candidatos, foi derrotado, recebeu visitas de quem desejou, concedeu entrevistas para seguidores camuflados de jornalistas... E os brasileiros seguiram sua vida.
Enquanto esteve preso, em nenhum momento Lula deixou de fazer o que sempre fez. Trata-se de um condenado que aguarda a execução da sua pena. Portanto, só quem não enxerga o mundo real imagina que a sua libertação hoje transformará o Brasil em algo diferente de ontem.
Quanto aos criminosos que estão presos em função de execução de pena em 2ª instância, por crimes de homicídio, estupro, roubo, corrupção etc., serão liberados apenas se não houver prisão preventiva decretada contra os mesmos, nos termos do art. 312 do Código Processual Penal.
Por fim, considerando que o condenado Lula declarara que somente sairia da prisão quando fosse provada sua inocência, pelo visto, ele desistiu de esperar tal impossibilidade, preferindo se socorrer rapidinho da decisão do STF que extinguiu a execução da pena em 2ª instância.
