.@heliobeltrao, isso aqui só está revelando como você precisa ler economia moderna. O que mais há na literatura econômica são exemplos de experimentos e quasi-experimentos que permitem separar correlação de causalidade — mto melhores que os citados. Cito alguns no 🇧🇷.
@heliobeltrao .@claudferraz e co-autores (JPE) utilizaram auditorias aleatórias da CGU para demonstrar que a exposição a uma auditoria no passado reduz a corrupção futura. 
@heliobeltrao @claudferraz Raphael Corbi e co-autores (ReStud) utilizaram descontinuidades arbitrárias no Fundo de Participação dos Municípios para estimar o multiplicador relativo dos gastos públicos. RDD compara indivíduos arbitrariamente próximos da descontinuidade para calcular efeito causal.
@heliobeltrao @claudferraz .@dix_rafael e co-autor (AER) identificaram um efeito causal aproveitando-se da exposição diferencial de distintas regiões a um choque agregado. É uma metodologia recente que se chama de shift-share design.
@heliobeltrao @claudferraz @dix_rafael Lucas Mation e co-autores (ainda WP) utilizaram o fato de q o nº de vagas no Pronatec era limitado p/ comparar aqueles q cursaram e aqueles q queriam cursar e n encontraram vagas. Assim, mostraram que (1) o efeito causal do Pronatec geral foi 0;(2) do Pronatec-Mdic, foi positivo.
@heliobeltrao @claudferraz @dix_rafael Isso sem falar, claro, do uso de experimentos aleatórios (RCT) para estimar efeitos econômicos. O seguinte, no Quênia, utiliza um RCT para calcular os efeitos de equilíbrio geral do aumento de renda.
Há muitos exemplos similares na literatura. Eu concordo que a economia até 30-40 anos atrás merecia muitas dessas críticas. Mas a revolução na análise causal em economia deixa muitas delas datadas.
Se você quiser aprender mais sobre essa mudança, leia esse paper aqui.
