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Eu entendo quem vê um conflito entre focar “no que importa” - emprego, recuperação da economia, devaneios na Educação e no Meio Ambiente - e acompanhar as maluquices e conflitos de Carluxo e Olavo com Mourão e outros generais. Mas respeitosamente discordo.
O que há aqui é uma questão cultural e institucional. Bolsonaro trouxe um grau inédito de patrimonialismo no pós-redemocratização com a ascensão da família. Dudinha é o chanceler de facto. Carluxo controla num nível perigoso a principal via de comunicação do presidente.
Podem parecer picuinhas, mas esta é a seara do Olavo - a “guerra cultural”. É nisso que eles acreditam. Se tratarmos isso como algo menor, isso terá consequências e sequelas institucionais concretas. Eles estão atacando em todos os lados. Precisamos vigiar todos os lados.
Ademais, essa separação é falaciosa. O José Roberto de Toledo fala sempre no Foro de Teresina sobre esse erro muito comum, principalmente no mercado, em que se insiste em separar economia de política como se não fossem siameses. Isso pode ser trágico.
Seria ótimo se os rompantes infantis do Carluxo ou discursos golpistas do Dudinha realmente pudessem ser vistos como o pai quer que vejamos, rompantes de “garotos”. Não são. São tentativas permanentes de gerar fissuras institucionais que vão afetar tudo, inclusive a economia.
