Em mais uma entrevista, Lula veio mais uma vez associar as jornadas de junho de 2013 a uma suposta conspiração internacional.
A linha narrativa que se segue é de que as Junho teria derrubado o sucesso Lulista e resultado em Bolsonaro.
Claro que o discurso não para em pé...
A linha narrativa que se segue é de que as Junho teria derrubado o sucesso Lulista e resultado em Bolsonaro.
Claro que o discurso não para em pé...
Primeiro, nunca faltaram razões para Junho. Crise urbana acentuada, blindagem do sistema político, promessas frustradas, indignação com as obras da Copa, precariedade de serviços públicos.
Assumir isso tudo é difícil para quem era governo. Mas é real...
Assumir isso tudo é difícil para quem era governo. Mas é real...
Segundo, ligar junho de 2013 a Bolsonaro é um salto triplo. O que aconteceu entre os dois?
Repressão a junho, uma eleição violenta em 2014, estelionato eleitoral, vácuo das ruas ocupado pela direita. Enfim, os fenômenos complexos da vida política e social...
Repressão a junho, uma eleição violenta em 2014, estelionato eleitoral, vácuo das ruas ocupado pela direita. Enfim, os fenômenos complexos da vida política e social...
Escolher somente um desses elementos para justificar o bolsonarismo é como especular sobre a razão única da chuva.
Mas a escolha de Lula não é ignorante. Tem cálculo político, que visa soterrar a memória de uma insurgência popular sem controle da esquerda tradicional...
Mas a escolha de Lula não é ignorante. Tem cálculo político, que visa soterrar a memória de uma insurgência popular sem controle da esquerda tradicional...
Em 2018, logo após as eleições de Bolsonaro, fiz essa sugestão de 5 livros para o @NexoJornal sobre como chegamos até aqui. Tem política, economia, insurgências e cidades.
Quem lê esses 5, não cai no lero lero conspiracionista sobre junho. nexojornal.com.br/estante/favori…
Quem lê esses 5, não cai no lero lero conspiracionista sobre junho. nexojornal.com.br/estante/favori…
