“Quando ouço alguém falar em cultura, saco o meu revólver”. Frase de um personagem de peça nazista que “rechaçava todos os conceitos e ideias culturais e intelectuais, argumentando que deveriam ser substituídas por sangue, raça e sacrifício". Difundiu-se, usada ate por Göring.
A peça estreou no aniversário de Hitler, em 1933, ano em que assumiu o poder, escrita pelo dramaturgo Hanns Johst, apoiador do NSDAP. Foi utilizada como propaganda ideológica do partido e do regime nazista como um todo. Repúdio ao intelectual e à cultura. A arma como resposta.
A natureza fascista em sua essência, como hoje. Bolsonaro não tem UMA menção à cultura no plano de governo. Ataca rotineiramente o ensino superior, a ciência, o intelectual. Pois é isso que o combate! Que conscientiza a questioná-lo. Tal como não queria Hitler.
Precisava manipular por propaganda. Hitler perseguia e combatia professores, artistas e curadores. Considerou arte como “degenerada”. Queimou todo livro crítico. Bolsonaro pregou fuzilar curador de exposição. Quer banir livros ideologicamente. Prega diminuir quadro de professores
Diz que no Brasil há “tara por diploma de nível superior”, defende substituição por formação profissionalizante. Quer eliminar expressamente todo estudo ético e moral em colégios. É um ataque constante ao intelectual, ao estudo, à cultura. Ao que possa estimular a criticá-lo.
Goebbels queria destruir os fundamentos intelectuais da República de Weimar. A opinião pública ofereceu pouca resistência à queima. Elite responsabilizou os estudantes, a população minimizou: “resultado do fanatismo estudantil”. Hoje já vemos o expurgo da crítica universitária!
Bolsonaro nem diplomado foi e seu discurso materializa-se, encorajando ação integrada a quem ousa criticar e apontar o fascismo. Averiguação ideológica em aula, tal qual SNI da Ditadura! Prefiro a versão do “mago” Louis Pauwels: "Quando me falam em revólver, puxo a minha cultura"
