No último dia 25/10, no CCH da @UFMAoficial, ocorreu um evento chamado "Fascistas de verdade e fascistas para idiotas", organizado pelo Grupo Carcarás - Juventude Conservadora da UFMA, que claramente distorcia as noções acadêmicas do que seja o nazismo ou o fascismo
Dentro da fala dos participantes estavam chavões comuns da internet como "nazismo é de esquerda porque tem socialismo no nome do partido", em um ambiente decorado com símbolos dos templários, da antiga monarquia brasileira
Além de poderem ser vistas camisetas do Bolsonaro e máscaras do Trump. Um grupo de estudantes e professores resolveram fazer um protesto contra o evento e entoaram trechos da canção "Cálice" do Chico Buarque, acompanhados de um coro #EleNão
Ao final do evento, o grupo organizador abriu espaço para que se fossem feitas três perguntas pela plateia. O professor de história medieval Marcus Baccega resolveu se manifestar, ele já se encontrava no pátio assistindo tanto o protesto como o evento
Baccega é medievalista, católico e marxista, coisas, que em suas próprias palavras, andam meio fora de moda em determinados círculos acadêmicos, além de um amigo pessoal de longa data
Em sua oratória característica, Baccega fez uma defesa da escolha da Igreja Católica na América Latina pelos pobres, posição atacada, inclusive, pelos organizadores do dito evento, o que levou os que estava sem posicionando conta o evento a gritar palavras de ordem e de apoio
Após o evento, o tal Grupo Carcarás, em conluio com o blog do Diego Emir editou um vídeo dando a entender que haviam sido atacados verbalmente e fisicamente pelo grupo opositório ao evento, numa ação já muito bem conhecida e esperada por grupos que apenas querem o caos
Esse evento é um prelúdio do que os professores das humanidades, seja em qual nível for, vão ter que lidar com os dias que seguirão com a vitória daquela pessoa. Professores de história, geografia, sociologia, filosofia e literatura, viraram alvos dessa horda fascistóide
Nós não podemos nos calar, nos silenciar e nos amedrontar, é hora de união, de solidariedade e vigilância, estejamos atentos com esse tipo de ação que será ainda maior quando o Escola sem Partido for aprovado.
Nós aqui do Clio nos solidarizamos com o professor Baccega e com todos os professores que forem coagido por conta dessa patrulha ideológica e contra-acadêmica que atende por Escola Sem Partido, eles não nos calarão, vamos resistir, somar e construir.
Acabei de fazer essa breve e rápida live sobre o assunto
