O jornalista Glenn Greenwald foi denunciado na manhã desta terça pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Spoofing, que investiga o hackeamento de celulares de autoridades brasileiras, entre elas o ministro Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol. 
O material obtido pelos hackers no celular de Deltan deram início a uma série de matérias apelidadas de “Vaza Jato” pelo site de Glenn, o The Intercept. Nas matérias é mostrada uma aparente proximidade não republicana entre o então juiz Moro e o Ministério Público Federal.
Glenn diz ter recebido o material que resultou na série da "Vaza Jato" de fonte anônima, e a Constituição brasileira garante o sigilo de fonte para jornalistas.
Na denúncia, o Ministério Público diz que Glenn não foi investigado e nem indiciado junto com os hackers que cometeram as invasões, mas, apesar disso, ele foi denunciado junto ao grupo pois teria auxiliado, incentivado e orientado os hackers durante as invasões.
Na denuncia, o MPF diz que uma técnica relativamente simples foi usada para acessar os aparelhos celulares das autoridades hackeadas.
De acordo com a denúncia, os hackers também tiveram acesso a contas de Telegram dos ministros Osmar Terra, Paulo Guedes e Tarcísio Freitas, além da conta de Moro.
Para o MPF, os criminosos não devem ser chamados de hackers, mas sim de criminosos virtuais.
Na denúncia, o MPF diz que Glenn Greenwald incentivou e orientou o grupo criminoso.
Na denúncia o MPF diz que Glenn, por ser jornalista e ter a possibilidade de manter o sigilo de suas fontes não era investigado, mas um áudio permitiu que sua suposta participação no esquema pudesse ser apurada.
Esses são alguns dos trechos que o MPF usou para incriminar o jornalista Glenn Greenwald, que publicou o conteúdo obtido pelos hackers...
Para acusar Glenn, o MPF tenta dizer que ele sabia que os hackers estavam obtendo o material em tempo real, e que não foi somente uma coisa que ele recebeu após as invasões.
