Casa do B(c)aralho, Judiciary Season - A thread

O jornal Falha de San Pablo, desesperado com os rumos que a eleição estava tomando em Passárgada, resolveu intervir pedindo para um juiz da mais alta corte do país, Levandô-lê-lê, autorizar uma entrevista.

(1/n)
A entrevista bombástica era com o líder do partido que o jornal apoiava ao mesmo tempo que se fingia de isentão.
A entrevista de Kraken poderia mudar o curso das eleições em Passárgada.

(2/n)
Até então, quem estava a frente era o candidato Pokenaro, um cara que falava muita groselha, mas fazia pouca coisa.

Hadoldo, o candidato indicado por Kraken, corria o grande risco de perder para Pokenaro.

(3/n)
Isso traria completo desesmpero para os jornalistas, todos nascidos e crescidos em uma cultura de que palavras dóem mais que passar fome em países vizinhos, ...

(4/n)
...em que meras frases poderiam engatilhar anos e anos de tratamento psiquiátrico a base de clonazepam, sertralina e outras drogas pesadas, como músicas da Negrice (porque ser Claro é coisa de racista) Falcão.

(5/n)
Não! A Falha precisava agir!

Levandô-lê-lê era uma esperança.

Tal entrevista precisava ser autorizada porque Kraken estava preso. Injustamente, claro. Não havia provas de que o triplex usado para prendê-lo era dele.

(6/n)
Exceto algumas testemunhas que disseram isso. Exceto uma declaração de imposto de renda feita pelo próprio Kraken (ou seu contador, aquele golpista!)

(7/n)
e notícias de jornais da época que diziam que o apartamento era dele (jornais que nunca mais receberiam dinheiro de "campanha", caso ele cjegasse ao poder de novo).

(8/n)
Mas se estava preso, estava sob as guardas daquela corte e Levandô-lê-lê poderia agir.

Simpático (para dizer o mínimo) a Kraken, o padrinho que o indicou ao cargo que hoje ocupava, resolveu autorizar a bombástica entrevista.

(9/n)
O resto da corte ficou estupefato!

Era como usar a suprema corte para interesses pessoais. Não é como se eles não fizessem isso. Mas normalmente eles faziam de maneira sutil. Levandô-lê-lê foi descarado. Tinha que disfarçar melhor.

(10/n)
Logo, Fucks começou a articular com o presidente da corte, Bala de Toffee, como reverter aquilo.

Fucks, por poucos dias, assumiria a presidência da corte, enquanto Bala de Toffee dava uma palestra.

Este era o momento de reverter a ação descarada de Levandô-lê-lê.

(11/n)
Como um mestre de artes marciais de filme Chinês de terceira categoria escalando bambus sem que ninguém perceba que aquilo é impossível, Fucks proibiu a tal entrevista.

Com esta ação, diversos jornalistas da Falha começaram a se jogar ao chão, se trancar em armários...

(12/n)
...pintados internamente com arco-íris e, enquanto faziam bolhas de sabão (sempre ao som de Negrice Falcão!) começaram a escrever sobre o horrendo ataque à liberdade de imprensa, jamais ocorrido na história de Passárgada!
Nunca a imprensa tinha sido atacada desta forma.

(13/n)
Nem quando Kraken ameaçou de regulamentá-la. Nem quando Hadoldo resolveu imitar o chefinho Kraken dizendo a mesma bobeira.

Em outra região, ao sul de Passárgada, que era cheia de nazista, um juiz de corte menorzinha acompanhava os jornais.

(14/n)
O juiz Silvio Mauro podia ser de corte ralé, mas tinha papel com várias coisas ditas pelo político Pauloco, amigo de longa data de Kraken, contando todas as fofocas e babados de quando Kraken era presidente de Passárgada.

(15/n)
"Levandô-lê-lê acha que a entrevista vai ser um choque? Hold my beer!!" Disse o juiz Mauro.

Mauro logou na sua conta de rede social exclusiva, aquela que só juízes entram, e postou a seguinte mensagem motivacional para seus colegas:

(16/n)
"Se essa putaria continuar, vou tornar públicas as declarações que Pauloco deu, para tentar se safar da cadeia."

Kraken, que mesmo não sendo juiz (na verdade não era nada e se orgulhava de nunca ter estudado) tinha acesso a mesma rede social...

(17/n)
...sabe-se lá como, já que estava preso e não devia mexer no computador.

Pediu, em outra rede social, aquela que povão podia ver, o seguinte:

"Mauro não faz isso, companheiro. hashtagdeixaPaulocoempaz hashtagépelavidadasmulheres.

(18/n)
Levandô-lê-lê, entre uma tragada de charuto cubano e whisky de Kentuck on the rocks (ninguém merece bebida socialista, Vodka é coisa de pobre) tentava relaxar e pensar sobre como reverter o que Fucks fez.

Estava vermelho, de raiva e por conta do alcool.

(19/n)
Foi para a rede social jurídica de novo. Lá, escreveu que Fucks não podia foder o que ele tinha feito e era uma vergonha tentar desfazer o que ele tinha feito porque não tem chefe naquela porra. A entrevista estava de pé. hashtagvaiterentrevistasim.

(20/n)
Na Falha, ocorreu uma festa com esta nova decisão. A festa tinha ciranda, abraço coletivo, bolhas de sabão (elas são sempre tão reconfortantes!!) e muita Negrice Falcão tocando.

Fizeram tanta festa que esqueceram de fazer e publicar a entrevista enquanto era tempo.

(21/n)
Ao invés de correrem para entrevistar Kraken, eles tiveram ressaca de brigadeiro.

Mauro, na parte nazista do país, logou de novo na rede social jurídica.

E fez um simples post:

"Eu avisei!"

Anexou no post um album de fotos, com todas as coisas que Pauloco disse.

(22/n)
E Pauloco disse muitas coisas.

Pauloco disse que Kraken tinha falado que gastou muito para ser eleito (e para eleger seu dummie com peitos, inominavel porque ela está concorrendo a outra vaga e é melhor não lembrar o que aconteceu da ultima vez que ela foi eleita)...

(23/n)
...mas, na verdade, gastou muito mais. Também disse que Kraken era bom de negócio esquisito e negociava pessoalmente todos os desvios de dinheiro publico.

Jornalistas que outros jornais ficaram alvoroçados com o que disse Pauloco.

(24/n)
Só a Falha insistia que o problema não era o fato de Kraken ter roubado tudo que roubou. O problema, mesmo, era a censura que, na verdade, era só um adiamento para não embolar a já complicada eleição.

Então, a Polícia Federel, que cuidava de Kraken com amor e carinho...

(25/n)
...deixando até ele loggar nas redes sociais, estava confusa.

Quem deveria ser obedecido?
O que deveria ser feito?
E, o mais importante, no plantão de hoje, comeríamos pizza ou coxinha? E vai ser refrigerante ou suco?

(26/n)
Depois de muito deliberarem sobre o último dilema (resolveram pelo clássico pizza de marguerita com coca cola mesmo), já de estômago cheio, resolveram pensar sobre as outras questões.

(27/n)
"O que faremos quando os jornalistas da Falha de San Pablo acordarem da ressaca de brigadeiro?"

Correram a perguntar para o juiz Bala de Toffee. Não tinha hierarquia na corte mais alta, mas ele ainda era o presidente.

(28/n)
Ele não era chefe mas tinha que decidir. Pode parecer paradoxal mas é assim que as coisas funcionam.

Bala de Toffee, ainda revoltado com o escancaramento do uso da corte mais altas para fins pessoais (tem que ser discreto, porra!!), mandou a Polícia Federel obedecer...

(29/n)
FUCKS!!!!

Fucks venceu!! Fucks ganhou!! Fucks para todos, inclusive os que leram ate aqui!!

(30/n)
No final, a tentativa de reverter a eleição pode ter o resultado contrário porque o que virou notícia em Passargada foram os babados falados por Pauloco e Kraken continua sem criar polemica.

(31/n)
Moral da história: quando você for tentar usar um plano elaborado para ajudar um amigo, certifique-se de que não tem um Pauloco que fale altos babados que possam é prejudicar este amigo. As vezes é melhor deixar o algumas pessoas quietinhas no calabouço delas.

(32/33)
Créditos finais: Esta é uma história ficcional. Qualquer semelhança com a realidade é porque tá difícil para a ficção competir com a realidade, mas continua sendo mera coincidência!

(33/33)
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