Tô pronta para a revolução.
- eu e meus irmãos entravamos uns 3 KM mata adentro, numa picada, p/ chegar a um antigo seringal e tomar banho numa bica. Iamos escondidos. A entrada da mata ficava a uns 50 metros de minha casa.
Meu medo era de tamanduá, q diziam
Minha casa limitava uns 50 metros da mata fechada, aparecia de tudo.
Pacas, cutias, capivaras e veados não davam medo.
Depois cansei daquilo, não dava mais conta de lembrar das caras e dos nomes.
- eu tinha 8 anos. Vivia andando para conhecer as pessoas que chegavam. Ia à casa dos vizinhos ver se precisavam de algo. Na casa em frente à minha. Ainda menor que a nossa. Pequena mesmo, no meio de um quintal grande. +
- já disse q lá chovia por 6 meses (parece um livro de Garcia Marquez). Ao lado de minha casa tinha uma rua e depois da rua, mata fechada. A rua era de terra, a enxurrada cavava uma vala nas laterais. +
Dia 30/10 chegamos.
Tbm cabia a mim passar as fraldas de minha irmã: eu colocava a brasa no ferro, subia num banco e passava na mesa.
ferro pesava uns 2 kg. Aprendi a cozinhar nessa época.
A dificuldade não parava aí.
O abastecimento de gás não era regular, os caminhões ficavam nos atoleiros e precisávamos usar lenha. Lavar as panelas sujas de carvão não era moleza.
Em 78, ainda sem luz elétrica, a Igreja era o maior evento social, qualquer q fosse a religião. E as crenças eram aguçadas. Ne cenário, a vizinha, um ano mais velha q eu, adoeceu. Era minha amiga.