Thread by @nelsonhbarbosa

Ações econômicas diante do choque do Coronavirus

1) Mais $ em prevenção e tratamento (SUS)

2) Capital de giro com juros baixos para MPEs em dificuldade por queda brusca de receita

3) Programa de sustentação do emprego, para evitar demissões por queda temporária de produção

Os médicos sabem quais são as ações de saúde necessárias. Eles precisam dos recursos para adotá-las

E passado o choque inicial, voltamos ao problema de recuperar crescimento e investimento mais rapidamente, que inclui revisar teto de gasto.

Além disso, contingenciar orçamento, que já está apertado, é brincar com fogo.

No mesmo sentido, contrair mais crédito pelo BNDES é ação tresloucada.

E botar reformas de longo prazo à frente de ações emergenciais de curto prazo revela desconhecimento de política econômica.

Reformas podem seguir seu rumo, sem impedir ações de curto prazo.

Condicionar ações de curto prazo à aprovação de reformas de longo prazo é chantagem desumana, tão grave quanto chamar pessoas para protestos, pró ou contra o governo, quando médicos recomendam ficar em casa.

E segue uma análise do EPI, dos EUA, sobre como a política econômica pode/deve responder ao choque do coronavirus. Há várias análises semelhantes mundo afora, exceto no governo brasileiro ... por enquanto.

epi.org/blog/getting-s…

E aqui a resposta no Reino Unido, que já tinha anunciado expansão fiscal antes da crise, e tem governo de extrema direita como Bolsonaro, mas aparentemente sem Ministério de Ideologia Econômica

theguardian.com/commentisfree/…

Já na área do Euro, já se cogita flexibilizar regras fiscais para enfrentar a crise, que ameaça afundar a Itália em recessão

timesofmalta.com/articles/view/…

No Japão também houve resposta fiscal ao coronavírus, ainda tímida

cnbc.com/2020/03/10/jap…

Mas no Brasil nem isso. Por enquanto vamos de "reformas, reformas, reformas", para que a equipe econômica, e seus defensores na mídia, não percam credibilidade

economia.estadao.com.br/noticias/geral…